A “revolução do lixo” no município da Praia vai arrancar dentro de um mês, conforme disse à Inforpress o presidente da autarquia, Francisco Carvalho, completando que a câmara quer fazer “o melhor que se faz no mundo”.
“O mais tardar dentro de um mês teremos essa revolução. Teremos essa primeira fase, queremos avançar para um nível do melhor que se faz no mundo, que é a separação dos resíduos, reciclagem e reutilização. Nós queremos avançar para isso. E, dentro de um mês, nós vamos ter as bases criadas em termos de rotas, equipas de recolha, campanhas de sensibilização e envolvimento de parceiros”, afirmou.
Ainda na entrevista à Inforpress, Francisco Carvalho adiantou que alguns dos seis camiões de lixo chegados em Dezembro já estão a circular fazendo o serviço de recolha de resíduos, após um período de preparação e formação dos seus operadores.
“Os 392 contentores que nós adquirimos também para este processo de reorganização estão a ser finalizados com a colocação dos logotipos e as frases da câmara. Nós estamos neste processo profundo de organização, mas, ao mesmo tempo, vão saindo paulatinamente para a rua”, completou.
Um “processo profundo” de organização que, segundo Francisco Carvalho, implica uma série de medidas, a começar pela divisão do sector de saneamento em três áreas fundamentais, a de recolha dos resíduos sólidos, a das varredeiras, que ocupam a pressão das ruas, e depois a do aterro.
“Vai permitir uma maior celeridade, maior desenvolvimento de cada uma das áreas. Definição de novas rotas, campanhas de sensibilização e envolvimento de mais parceiros e mesmo a questão dos recursos humanos. A nível de variação, por exemplo, nós temos na equipa pessoas que já têm vários anos apesar dos ombros. Depois é um setor muito desgastante”, continuou.
Neste sentido, o presidente da Câmara Municipal da Praia avançou que se vai fazer uma revisão de todo esse grupo de colaboradores, no sentido de ver aqueles que estão em condições e que preenchem os requisitos para acederem à reforma e ver como se poderá também renovar uma parte destes profissionais.
“Nós queremos, por um lado, tomar medidas que sejam estruturantes. Nós não queremos passar todo o mandato a falar dos problemas com a questão do saneamento. Queremos e tomar medidas estruturantes para podermos sentir que o saneamento entrou em velocidade de cruzeiro para podermos dedicar mais tempo, energia e recursos a outras áreas”, finalizou.
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