A Polícia Nacional confirmou hoje que a presença da comunicação social esteve na origem da não assinatura de um memorando com a Câmara Municipal da Praia, para a organização do trânsito rodoviário na zona do Mercado do Sucupira.
Em comunicado, a Polícia Nacional (PN) disse ter recebido a proposta da Câmara Municipal da Praia para a assinatura de um memorando de entendimento, mas “não para organização do trânsito rodoviário”.
A proposta seria, de acordo com a PN, para apoiar a Guarda Municipal na gestão do parque de viaturas do terminal de passageiros do Sucupira, mais especificamente na organização do parque, conformação, permanência e dormidas das viaturas nas filas.
A mesma fonte assinalou que o memorando incluía apoio na manutenção das filas e as respectivas saídas do terminal de passageiros, “matéria que é da competência legal da referida câmara municipal, através da Guarda Municipal, assim como, aliás, acontece noutras partes da cidade”.
Após os acertos entre as partes, lê-se no comunicado, foi delegada a assinatura do memorando ao Comando Regional de Santiago Sul e Maio (CRSSM), mas que na data e hora da reunião para a assinatura, “sem que houvesse comunicação prévia”, a Câmara Municipal da Praia convocou a imprensa para cobertura mediática do acto de assinatura de um protocolo em matéria de controlo de trânsito.
“Não sendo esse o objecto do memorando e não estando prevista a intervenção do CRSSM na comunicação social, que não fazia parte da delegação de competências, o representante solicitou o adiamento da assinatura para data a ser agendada, o que foi aceite pelas partes”, afirmou.
Concluindo, a Polícia Nacional disse lamentar a “descoordenação” havida e reiterou a sua “determinação em poder colaborar” com a autarquia capitalina, visando o “reforço da relação institucional, da autoridade da Câmara Municipal da Praia e para o bem da comunidade praiense”.
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