Uma mercearia na zona de Terra Branca foi assaltada na manhã de domingo, 13, por um indivíduo de sexo masculino, fazendo sete reféns, entre os quais funcionárias e clientes, e alguns foram atingidos com objectos cortantes pelo assaltante.
O proprietário da mercearia assaltada, Miguel Pereira, disse em declaração à imprensa que soube do assalto porque recebeu um telefonema de uma das funcionárias da loja que conseguiu ligar no momento, tendo-se deslocado ao local de imediato e deparou com o grito dos reféns e logo de seguida a Polícia Nacional chegou e interveio na hora.
Segundo disse, esta é a segunda vez que tentaram assaltar sua loja, mas só desta é que conseguiram entrar.
“Já tentaram da outra vez e só hoje um deles conseguiu entrar e não conseguiu levar nada, mas fez danos avultados em relação aos produtos que estão na loja, porque ele lutou com os reféns e caíram em cima de vários produtos que ficaram estragados ao ser esmagados com o corpo”, afirmou.
Miguel Pereira aproveitou para apelar à justiça cabo-verdiana para ter “mão dura” com esses meliantes.
“Estou totalmente revoltado porque eu levanto todos os dias para procurar uma vida melhor e vem um assaltante para tomar o que conquistei. Acredito que se eles também procurarem um emprego conseguem ter uma vida digna, mas preferem tomar as coisas dos outros”, argumentou.
“Apelo à justiça e espero que paguem por aquilo que estão a fazer com as pessoas, sobretudo na Cidade da Praia”, frisou.
E em relação às pessoas que estavam dentro da loja, Miguel Pereira disse que alguns deles tiveram ferimentos ligeiros, inclusive alguns já foram para o hospital para fazerem o tratamento dos cortes.
Uma testemunha que esteve no local durante o assalto, Alexandre Moreira, disse que soube do ocorrido porque a sua filha foi para a loja e demorou para chegar em casa e a sua enteada ligou para ela e de repente ouviu ela dizendo que ia morrer dentro da loja. Logo de seguida, ajuntou, dirigiu-se para a loja para inteirar-se do acontecimento.
“Eu e a minha enteada dirigimos para a loja e deparei com a minha filha no chão gritando a dizer: “me salva pai, me salva”, mas não podia fazer nada no momento porque a porta da mercearia tinha protecção com grades e estava trancada”, afirmou.
Por outro lado, criticou a actuação da Polícia Nacional porque, segundo alegou, demoram para tirar o assaltante de dentro da loja, o que deixa “muito a desejar” porque, no seu entender, fizeram muita “mordomia”.
Alexandre Moreira terminou voltando a apelar à justiça cabo-verdiana para que trabalhe no sector da justiça do país, sobretudo da parte de segurança, porque a insegurança provocada pelos assaltos está a causar muitos danos à população cabo-verdiana principalmente da Cidade da Praia.
A Inforpress tentou ouvir outras testemunhas sobretudo os reféns, mas não reagiram por causa do susto e trauma que estavam a enfrentar no momento. A Agência Cabo-verdiana de notícias tentou também ouvir a Polícia Nacional, mas igualmente sem sucesso.
O assaltante foi capturado logo no momento pela Polícia Nacional.
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