A Polícia Judiciária vai liberar este sábado, 14, as ossadas da criança de Eugénio Lima, Edvânea Gonçalves, que estava desaparecida desde Novembro de 2017, para que os familiares possam fazer o funeral.
Esta informação foi avançada à Inforpress pela tia da criança, Geisa Semedo, para quem a família “está em estado de choque”.
O funeral acontece no mesmo dia em que iria completar oito meses do desaparecimento da menina. Mas, conforme Geisa, a família sempre acreditou que iria encontrar Edvânea com vida, principalmente seu irmão, Vladmir Gonçalves, pai da menina. “Em Janeiro, quando fomos ver as ossadas na localidade de Ponta Bicuda vimos a roupa dela e ficamos abalados. Mesmo assim, acreditávamos que poderia ser um engano ou armação de alguém que quisesse despistar a polícia”, disse.
Geisa Semedo acredita que pelo estado em que as ossadas se encontravam Edvânea Gonçalves foi morta nos dias em que ela desapareceu, mas garante que a família não tem quaisquer suspeitas de quem poderia ter tirado a vida da criança. “Não temos inimigos e aqui toda a gente conhecia a Edvânea Gonçalves. Não sabemos quem poderá ter feito esta crueldade com ela”, declarou.
No entender desta tia, a demora em conhecer a verdade acabou por agudizar o sofrimento da família. No entanto afirmou que as autoridades fizeram tudo o poderiam fazer, mas que o país, sustentou, “ainda não está preparado para este tipo de crimes”.
Esta notícia também deixou em estado de choque os familiares de Edine Jandira Robalo Lopes Soares, 19 anos, e seu bebé, desaparecidos desde 28 de Agosto de 2017 e ainda de Clarisse Mendes (Nina), de 10 anos, e Sandro Mendes (Filú), de 12, que também estão desaparecidos desde 03 de Fevereiro de 2018.
Alberto Lopes da Silva, bisavô do bebé que desapareceu junto com a mãe, garantiu que, apesar da tristeza de saber que Edivânea está morta, ainda tem esperanças de ver os seus entes queridos com vida.
“Edvânia não é a minha família. Eu conheci este caso pela televisão, mas choca-me como se fosse o meu bisneto e a minha neta Edine que desapareceram. Tenho fé e todos dias rezo para que eles voltem”, disse Alberto Lopes da Silva.
Mesmo sentimento tem Marcelina Lopes, avó de Nina e Filu, que pede uma prova divina de que os netos estão vivos.
“Peço para que Deus me dê uma prova tal como já deu para essa família da Edvânia, porque é triste ver alguém a desaparecer e nunca mais voltar”, declarou Marcelina.
Para esta avó, a polícia “tem feito um bom trabalho” em casos que “não são fácies de solucionar”, mas resta-lhe ainda a esperança de um dia poder ver de novo os seus netos.
Com Inforpress
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