A Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde (OECV) elege a problemática da “sustentabilidade e da eficiência” como a grande prioridade para este mandato, de forma a ir ao encontro os desafios do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda’2030.
O bastonário, Victor Coutinho, revelou este propósito em exclusivo à Inforpress, para ressalvar que esta determinação vai ao encontro dos objectivos assumidos pelo país e pela Humanidade, com a sustentação que nove destes 17 desafios têm a ver com a engenharia, tendo sublinhado que o grande reagendamento visa preparar os engenheiros para ajudar o país e Humanidade neste propósito.
“É uma tarefa exigente, complexa, porque a eficiência e a sustentabilidade dependem muito de outros factores e é preciso sensibilizar e preparar todos os engenheiros para este novo desafio, para prestar serviços de alta qualidade, em termos de eficiência. Acreditamos que temos de dar este contributo e adaptar essas exigências do ODS”, elucidou.
A OECV conta neste momento com mais de 1200 engenheiros inscritos, está especializada em cinco colégios como civil/industrial, ambiental/química/biológica, aeronáutica naval de entre outras distinções viradas e está apostada numa política de descentralização das suas actividades a nível do país.
A este propósito, o bastonário inicia, este sábado, 12, uma visita de trabalho às ilhas do Sal, com jurisdição também sobre a Boa Vista e Santo Antão, com o propósito de presidir à cerimónia da tomada de posse das equipas eleitas da ordem para as duas regiões, com a particularidade de inaugurar, a 16 do corrente, a sede da delegação regional de Santo Antão, no concelho da Ribeira Grande.
Estas duas estruturas físicas, de acordo com Victor Coutinho, vão representar a OECV a nível das suas regiões, de modo a acompanharem o exercício da profissão a nível da própria ilha, no quadro das últimas eleições realizadas a 06 de Outubro último e que reconduziu o bastonário para o seu segundo mandato.
A estas delegações se juntam as de São Vicente, que cobre a ilha do Porto Grande e São Nicolau, e a de Santiago, com cobertura nas ilhas de Sotavento, uma forma encontrada para que a ordem possa dar resposta às demandas a nível do País.
Coutinho disse que a OECV, enquanto parceiro social, está ciente das suas responsabilidades com a sociedade, pelo que está empenhada em servir as estruturas nacionais, centrais, municipais/locais, sempre disponível para colaborar nas matérias técnicas com as câmaras, assembleias municipais, grupos parlamentares, ou de representantes, no sentido dar o seu contributo técnico da matéria.
Deste modo, referiu que a OECV está disponível em criar um mecanismo protocolar, no sentido de dar assistência técnicas às famílias que carecem de capacidade de recorrerem aos engenheiros para as suas construções, de forma a ajudar, também, tanto o governo como os municípios, na avaliação, análise e aprovação, porquanto as câmaras municipais não estão providas de todos os recursos para avaliar grandes projectos.
“A Ordem tem os seus recursos. Se nós não tivemos no limite, podemos, inclusive, socorrer da cooperação internacional, através de várias ordens com quem trabalhamos no quadro da cooperação internacional para trazer essas valências e competência”, asseverou, não sem antes alertar sobre a problemática da segurança das obras “uma questão muito séria”.
De referir que o conselho directivo decidiu comemorar o Dia Nacional dos Engenheiros, que se assinala a 04 de Maio, na ilha da Boa Vista, no âmbito da sua política de actividades desconcentradas, e que vem dando seguimento às realizadas nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e Fogo.
Com Inforpress
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