O Ministério Público (MP) anunciou esta sexta-feita, 22, a detenção de um homem de 41 anos, por suspeita de falsificação de documentos e burla no agendamento de pedidos de vistos para Portugal.
A detenção foi feita em Santa Cruz, ilha de Santiago, onde o tribunal ordenou que o suspeito, natural daquele concelho, fique em prisão preventiva, enquanto a investigação continua.
A procura por vistos para Portugal tem motivado casos que estão na mira das autoridades.
Uma das investigações em curso pelo Ministério Público diz respeito ao açambarcamento de vagas para agendamento de pedidos, por parte de empresas que cobram valores diferenciados para prestar esse serviço, que, se for tratado nos balcões públicos criados para o efeito, é gratuito.
No último ano, numa ronda por algumas dessas firmas na Praia, capital do arquipélago, a Lusa constatou que cobravam entre 10 mil e 20 mil escudos (nove e 181 euros) por processo, podendo o valor aumentar em caso de prestação de outros serviços.
Na altura, o ministro das Comunidades, Jorge Santos, classificou como "traficantes" as empresas e particulares que açambarcam vagas para agendamento de vistos para Portugal e disse que estas devem ser punidas.
Em maio deste ano, o Procurador-Geral da República, Luís Landim, disse à Lusa que há denúncias que estão a ajudar a concluir a investigação, sem conseguir "precisar uma data" para o seu termo.
A população "tem colaborado nessa questão dos vistos" para se averiguarem os casos e perceber "se há ou não crime", referiu, sobre o processo aberto pelo Ministério Público e entregue à Polícia Judiciária.
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