O documentário que retrata uma das três revoltas dos camponeses de Santa Catarina, ou seja, a ocorrida na localidade da Ribeira dos Engenhos (1822) estreia sábado o seu primeiro episódio “Vida popular e religiosa”.
A apresentação pública está aprazada para as 16:30, no Auditório do Liceu Amílcar Cabral, Assomada, no município de Santa Catarina, sendo que a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) vai ser a próxima a receber esta projecção.
Em declarações à Inforpress, aquando da apresentação do projecto em Janeiro, o mentor, Eliezer Borges, explicou que este documentário está dividido em dois episódios, em que o primeiro “Vida popular e religiosa”, além da estreia sábado vai contar ainda com projecções por todo concelho e em plataformas digitais, e o segundo tem estreia marcada para finais de Julho.
O também professor de Inglês no Liceu Amílcar Cabral acrescentou que o primeiro episódio da série sobre a revolta dos Engenhos foi baseado em entrevistas e narrativas com paisagens desta localidade, e o segundo, em encenação, para que possam mostrar ao público a cena das manifestações realizadas naquela altura.
Em relação às outras revoltas, nomeadamente, de Ribeirão Manuel (1910) e Achada Falcão (1841), em Santa Catarina, Santiago, o mentor do projecto informou que esses documentários vão depender das “críticas” e de financiamento.
“O projecto vai basear em textos de vários autores que abordaram as questões dessas revoltas do interior de Santiago, mas o livro do escritor cabo-verdiano que reside nos Estados Unidos Adilson Pereira, intitulado ‘As Revoltas’ é o principal suporte”, disse, ajuntando que o autor tem” contribuído, e tanto”, no projecto.
Para as gravações, informou que contou com apoio financeiro dos professores chineses do Instituto Confúcio, que leccionam a disciplina de Mandarim no Liceu Amílcar Cabral, os quais, além de apoio financeiro, têm colocado equipamentos daquela instituição à disposição da equipa.
Por outro lado, Eliezer Borges, que dirigiu o documentário, que surgiu da necessidade de as revoltas não terem um suporte em vídeo e de contribuir para a valorização da história, almeja adquirir mais equipamentos para as filmagens, tendo em conta que já tem um ‘drone’ para que possam dar continuidade ao projecto.
No documentário, que conta com envolvimento de oito pessoas, nesta primeira fase, foram gastos mais de 300 contos.
Com Inforpess
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