A ministra da Saúde, disse hoje que o Governo está a trabalhar no quadro legal e técnico para que seja possível o transplante de rim em Cabo Verde, reduzindo assim, os “elevadíssimos” custos da hemodiálise.
Em declarações à imprensa, na Cidade da Praia, Filomena Gonçalves disse que uma iniciativa legislativa sobre transplante de rim está a ser socializada no Parlamento.
A governante fez estas declarações à margem da visita que efectuou, esta manhã, ao Hospital Universitário Agostinho Neto, para se inteirar dos vários serviços daquele hospital, nomeadamente, do laboratório de análises clínicas, do serviço de imagiologia, do serviço de diálise, da unidade de gastrenterologia, do centro de telemedicina, entre outros serviços, e manter um encontro com o Conselho de Administração.
“Vimos a capacidade que o País tem de fazer hemodiálise, isso significa salvar vidas não obstante os custos, mas creio que a vida humana não tem preço”, disse defendendo a necessidade de trabalhar na educação para a Saúde, na promoção da Saúde, por forma a evitar os casos de diálise.
“Os custos são elevadíssimos”, concretizou a ministra, realçando a importância de, por isso, trabalhar na prevenção, apostar na formação, nos investimentos para que o País possa continuar a dar respostas.
“Aproveito para dizer que existe uma iniciativa legislativa que deu entrada no parlamento, que neste momento está a ser socializada que tem que ver com o transplante, porque muitas pessoas continuam a fazer diálise pelo facto de não termos ainda a capacidade de fazer transplante o que acontece só com as evacuações internacionais e também sabemos que os países amigos têm as suas restrições, enfatizou.
Daí que, sustentou Filomena Gonçalves, o Governo está a trabalhar para que o País possa usufruir de um quadro legal e técnico para transplante de rim, o que irá reduzir os custos.
O foco, enquanto nova ministra da Saúde, precisou, passa por continuar naquilo que tem sido “muito bem feito” e melhorar aquilo que é preciso, tendo sublinhado que há muito ainda por fazer, mas a visita mostrou que Cabo Verde está “num bom caminho”.
“Saio daqui muito agradada e com muita esperança vendo “in loco” aquilo que é feito aqui no Hospital Universitário Agostinho Neto, podemos constatar que todo o investimento que vem sendo feito, sobretudo na área de diagnóstico, está a dar resultados, a salvar vidas e a dar mais esperança de vidas às pessoas e às famílias”, sublinhou.
A ministra concorda que a humanização tem sido um “desafio maior”, mas defende um trabalho conjunto para que haja uma humanização “transversal” da sociedade cabo-verdiana, o que beneficiaria não só a Saúde, mas todos sairiam a ganhar.
“Sabemos que ainda há muito a fazer que isso é processo construtivo, acreditamos que com envolvência de todos, tendo como referência a dignidade da pessoa humana, onde lá estiverem cada um com sua especialidade, chegaremos lá”, reforçou a ministra.
Apelou, também, aos pais e encarregados de educação a vacinarem os seus filhos na faixa etária dos cinco aos onze anos contra covid-19, bem como a população para aderirem à dose de reforço, para que o País esteja em condições de retomar a economia.
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