Governo corta subsídio à Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria
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Governo corta subsídio à Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria

A presidente da Federação das Mulheres do PAICV, Paula Moeda, revelou hoje que a Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria está em situação “difícil”, principalmente após o Governo cortar o subsídio mensal de 80 mil escudos.

As afirmações foram feitas por Paula Moeda, em declarações aos jornalistas, após efectuar uma visita à sede da Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACOLP), para se inteirar do seu funcionamento, desafios e perspetivas, no âmbito das comemorações do 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais.

“Nos queremos que os chamados de heróis e heroínas nacionais tenham conteúdo, não sejam apenas uma mera palavra bonita que a cada ano se fazem comemorações também bonitas, nós queremos que tenham conteúdos e sustentabilidade e que as instituições sejam respeitadas pelo Estado de Cabo Verde”, sublinhou.

Para Paula Moeda, se hoje Cabo Verde é um país independente, um Estado credível com democracia, é porque esses homens e mulheres lutaram e deram as suas vidas para este arquipélago e não só.

“Neste momento, a situação da ACOLP é um bocado difícil, constrangedora, principalmente após o corte do subsídio que recebia da parte do Governo, mensalmente”, referiu a presidente, explicando que os 80 mil escudos que recebia serviam apenas para as despesas mínimas de funcionamento de uma instituição como esta que tem apenas uma única funcionária e faz de tudo.

A presidente da Federação das Mulheres do Partido Africano da Independência de Cabo Verde revelou que o montante foi cortado sem nenhum aviso prévio há um ano, sem comunicado oficial nem sequer uma justificação.

Revelou que meses depois, após a insistência da ACOLP, foram comunicados que o subsídio foi simplesmente suspenso, e que a associação dos combatentes devia concorrer para os contratos-programa, juntamente com as outras associações existentes no país.

“Essa casa é dos nossos heróis e combatentes nacionais que se juntam para salvaguardar os seus direitos para participar no desenvolvimento nacional naquilo que ainda puderem, mas também contar a nossa história nas escolas”, acrescentou.

Segundo a mesma, actualmente a associação conta com cerca de 230 combatentes da pátria, sendo que 50 são mulheres e alguns estão com problemas de habitação e vivem com dificuldades.

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