A direcção da AJOC anunciou esta quinta-feira, 12, os vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo 2018, tendo Gisela Coelho vencido na categoria de Imprensa, Matilde Dias, Televisão e Nuno Andrade Ferreira, Rádio.
Segundo a presidente da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde, Carla Lima, que preside ao júri, integrado por Carlos Santos, Silvino Évora, Marlene Pereira e Nardi Sousa, concorreu um total de 28 trabalhos.
A primeira responsável da AJOC revelou, ainda, que nenhum dos prémios mereceu a unanimidade por parte do júri e que só depois de “profundos debates” se conheceram os trabalhos distinguidos.
A reportagem “O funaná das autárquicas”, do jornalista Nuno Andrade Ferreira, da Rádio Morabeza, disse Carla Lima, é um “trabalho inédito” em que o autor faz uma viagem de aproximadamente 14 minutos pelos bastidores das eleições autárquicas em Portugal, sobretudo nos municípios onde os cabo-verdianos figuravam nas listas dos candidatos em “posições de destaque”.
Na categoria de televisão, o prémio foi atribuído à jornalista Matilde Dias, da Televisão de Cabo Verde, com a reportagem “Jogo de Cintura”.
A reportagem de Matilde Dias, na perspectiva da presidente do júri, destaca-se por ser um “trabalho muito bem pensado” e que organiza uma “memoria histórica fabulosa” sobre a dança em Cabo Verde, mais precisamente no Mindelo, São Vicente.
O prémio na categoria de imprensa foi para a jornalista Gisela Coelho, do jornal A Nação, que apresentou o trabalho “Apanha e falta de areia que ameaçam a sustentabilidade turística”.
“Neste trabalho jornalístico, a tónica é inovadora porque ela (jornalista) procura chamar a atenção para o impacto negativo que essa apanha desenfreada da areia nas principais praias da ilha do Sal terá no modelo do turismo sol e praia, e que se assenta preferencialmente no destino Cabo Verde”, precisou a presidente da AJOC.
Além de serem temas da actualidade, destacou a primeira responsável da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde, os trabalhos apresentados mostram “profundo comprometimento” dos profissionais cabo-verdianos em relação às “grandes questões e desafios que se colocam aos cabo-verdianos nas diversas áreas” da sua vida.
O júri decidiu atribuir menções honrosas aos trabalhos de Soraia de Deus, da Agência Cabo-verdiana de Imagens (categoria televisão), Benvindo Neves (Rádio de Cabo Verde) que fez uma viagem pelos 100 anos da Festa da Bandeira, na ilha do Fogo, e Daniel Almeida (A Nação) com uma reportagem sobre o Novo Banco, que foi intervencionado pelo Banco de Cabo Verde, enquanto entidade reguladora.
Concorreram ao Prémio Nacional de Jornalismo 2018, três trabalhos na categoria de Rádio, sete na de Imprensa e 20 na de televisão.
Com Inforpress
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