Fuga de Arlindo Teixeira. Supervisor de turno da Polícia de fronteira punido com 100 dias de suspensão
Sociedade

Fuga de Arlindo Teixeira. Supervisor de turno da Polícia de fronteira punido com 100 dias de suspensão

O caso de fuga de Arlindo Teixeira, que deixou Cabo Verde na madrugada de 26 de Junho passado rumo a Lisboa e com França como destino final, tem agora mais um novo capítulo com a punição do supervisor de turno da Polícia de Fronteira naquele dia com 100 dias de suspensão e transferência para outro serviço da Polícia Nacional (PN).

O mesmo foi, segundo uma nota da PN divulgada hoje, acusado, no decurso de um processo, de ter infringido os deveres gerais de zelo, obediência hierárquica e lealdade, previstos no regulamento disciplinar do pessoal da Polícia Nacional.

O caso Arlindo Teixeira remonta a 31 de Julho de 2015 quando foi preso acusado de assassinato e depois, em 2016, condenado a 11 anos de cadeia continuando em prisão preventiva a aguardar o desfecho do recurso ao Tribunal Constitucional e a 26 de Abril de 2018 Arlindo Teixeira, com dois anos, oito meses e 26 dias em prisão preventiva, é mandado soltar pelo Tribunal Constitucional por considerar que Arlindo Teixeira agiu em legitima defesa.

Numa nova apreciação, o Supremo Tribunal de Justiça reduziu a pena de 11 para nove anos. Um acórdão posterior do Tribunal Constitucional revogou a condenação e manda repetir o julgamento porque este decorreu sem assistência do público e do advogado de defesa Amadeu Oliveira.

O Supremo Tribunal repete o julgamento, mas mantém a pena de nove anos, pena que só pode ser executada depois da decisão do Tribunal Constitucional sobre o pedido de amparo. E é aqui que entra a prisão domiciliar ordenada pelo Supremo Tribunal de Justiça a partir de 16 de Junho.

E aqui surgiu a ideia do advogado Amadeu Oliveira, preso preventivamente na cadeia de Ribeirinha, de levar Arlindo Teixeira a França, um plano que foi executado via aérea num voo da TAP a partir de São Vicente.
 
 
 
 


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