A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta segunda-feira, 2 de dezemmbro, um quinto militar suspeito de integrar o grupo que, em agosto, realizou um assalto violento a uma residência na cidade da Praia, sequestrando a proprietária.
O caso remonta a 13 de agosto, tendo sido inicialmente detidos quatro militares e a mulher que trabalhava como empregada doméstica na casa visada pelo grupo, namorada do militar de 22 anos hoje detido.
De acordo com um comunicado da PJ, a detenção deste quinto militar, na Praia, foi realizada por elementos da Brigada de Combate ao Banditismo, em cumprimento de um mandado do Ministério Público.
O agora ex-militar é suspeito, em coautoria, da prática de crimes de roubo com violência contra pessoas, de sequestro e de posse de arma.
O suspeito terá integrado o grupo de cinco indivíduos, “todos militares à data dos factos”, que segundo a PJ “terão orquestrado um plano de assalto” a uma residência no bairro da Cidadela, cidade da Praia, “na qual a namorada do ora detido trabalhava como empregada doméstica”.
“Esta que, por saber onde eram guardados o dinheiro e outros bens da casa, terá colaborado com os suspeitos, na prática dos crimes”, acrescenta uma nota da PJ.
O grupo terá levado mais de 1,2 milhões de escudos (quase 11.400 euros), além de outros bens que se encontravam no interior do cofre da residência.
“Munidos de armas de fogo de fabrico artesanal ‘Boca Bedju’ e branca, os detidos terão, ainda, ameaçado a proprietária da casa, a quem, ato contínuo, terão amarrado e sequestrado”, esclarece a PJ, acrescentando que o suspeito hoje detido ainda será presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
Todos os restantes suspeitos – incluindo a mulher - ficaram a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA) cabo-verdianas, Anildo Morais, disse em agosto que o caso "mancha a imagem" da instituição e que seria instaurado um processo disciplinar aos militares.
Anildo Morais indicou que os assaltantes são soldados da última incorporação na tropa cabo-verdiana e que praticaram o crime no seu período de folga, mas não utilizaram qualquer material militar.
O CEMFA explicou ainda que os soldados serão julgados por um tribunal civil, porque não se trata de um crime militar.
Com Lusa
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