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Covid-19. Autoridades de saúde e de segurança desinfetam Mindelo
Sociedade

Covid-19. Autoridades de saúde e de segurança desinfetam Mindelo

As autoridades de saúde e de segurança estão a desinfetar a cidade do Mindelo, para evitar a propagação do novo coronavírus, que regista um caso nessa ilha, segundo fonte oficial.

Em declarações à agência Lusa, o vereador para a área da Proteção Civil e Segurança da Câmara Municipal de São Vicente, José da Luz, disse que a campanha de desinfestação arrancou na segunda-feira, envolvendo ainda elementos dos bombeiros, da delegacia de saúde e da polícia.

Os trabalhos, segundo o autarca, arrancaram na rua da Delegacia de Saúde, num raio de 500 metros, contemplando igualmente a casa da cidadã chinesa, de 56 anos, diagnosticada na sexta-feira com a covid-19, o primeiro caso da doença na segunda ilha mais populosa do país.

No primeiro dia, José da Luz indicou foram abrangidas outras ruas do centro da cidade do Mindelo, com lavagem dos pisos.

"Temos um plano e vamos fazendo diariamente", assegurou o vereador, adiantando que ainda hoje os técnicos de saúde e de segurança vão estar no mercado de peixe, paragens de autocarros, e outros espaços públicos, como praças e parques infantis.

A ação vai abranger ainda uma clínica privada onde a paciente foi atendida, antes de ser diagnosticada com a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

O vereador da Proteção Civil e Segurança adiantou que os trabalhos vão abranger todo o centro da cidade do Mindelo, a segunda maior cidade de Cabo Verde, e os arredores.

A mesma fonte afirmou que a população de São Vicente ficou "muito satisfeita" com esta limpeza. "Antes disso fizemos um trabalho de socialização para informar as pessoas do porquê de estarmos a fazer isso", explicou.

Para esta desinfestação, avançou José da Lu, está a ser usado um produto químico indicado pela Delegacia de Saúde de São Vicente, fornecida por uma empresa dessa área.

O caso da cidadã chinesa, que está internada no hospital, é o sétimo registado em Cabo Verde, com os outros a verificarem-se nas ilhas da Boa Vista e Santiago (Praia).

Este caso é o primeiro que as autoridades de saúde cabo-verdianas receiam ser de transmissão comunitária porque até agora não ficou clara a fonte de infeção.

Por causa disso, as autoridades colocaram mais de uma centena e meia de pessoas em quarentena, após estudo epidemiológico, de contactos próximos, como o marido e a filha, bem como profissionais de saúde que contactaram com a doente, mas cujo resultado deu negativo.

O arquipélago de Cabo Verde está fechado a voos internacionais, para travar a progressão da pandemia, e com o estado de emergência decretado em 29 de março foram também suspensos os voos entre as ilhas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O número de mortes devido à covid-19 em África subiu para 487, num universo 10.075 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia no continente.

Com Lusa

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