Dos cinco suspeitos pelo bárbaro homicídio de Luis Giovani Rodrigues, um foi militar do Exército e outro era, até 2019, bombeiro em Bragança. Todos foram identificados por gravações de videovigilância que registaram parcialmente as agressões.
Roupas e câmaras de vigilância ajudaram a identificar os supostos agressores de Giovani e de outros três estudantes cabo-verdianos em Bragança. Segundo avança o Correio da Manhã, os cinco suspeitos, já presos a aguardar julgamento, foram identificados por gravações de videovigilância que registaram parcialmente as agressões.
As câmaras não conseguiu captar os seus rostos, mas ajudaram a descobrir a sua identidade através das roupas que tinham vestido nesse dia e hora em que aconteceu a agressão. A Polícia Judiciária portuguesa conseguiu ainda encontrar várias outras provas, como paus e correntes, para chegar aos cinco suspeitos, que, na verdade são o núcleo duro de um grupo maior que só não foram detidos porque não tiveram participação directa nas agressões, conforme assumiu o director da PJ na sexta-feira, 17, ao anunciar a detenção do grupo dos cinco.
De entre os suspeitos, com idades entre os 22 e 35 anos, dois merecem alguma atenção: Ângelo Morais, que foi bombeiro em Bragança, pelo menos até 2019; e Bruno Coutinho, um ex-militar do exército português, indivíduos cuja formação de base deveria evidenciar comportamento totalmente contrário.
Os outros suspeitos de homicídio qualificado e homicídio na forma tentada (contra os três outros estudantes cabo-verdianos que estavam com Giovani) são Filipe Liberato, mais conhecido por "Renault", Carlos Rebelo e Bruno Gomes Fará.
Por ordem: Ângelo Morais (bombeiro), Filipe Liberato, Bruno Coutinho (ex-militar), Bruno Gomes Fará e Carlos Ribeiro
Os cinco suspeitos da morte de Luis Giovani, em Bragança, Portugal, vão aguardar julgamento em prisão preventiva, indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e três tentativas de homicídio, determinou o tribunal, que afasta a motivação por ódio racial.
O tribunal sustenta que a decisão, em síntese, “se traduz na afirmação da existência de fortes indícios da prática, por cada um dos arguidos, em coautoria material e concurso real, de quatro crimes de homicídio qualificado, um dos quais consumado, sendo dele vítima Giovani Rodrigues, e os restantes três na forma tentada”, relativos às agressões aos outros três elementos do grupo de cabo-verdianos.
O estudante cabo-verdiano Giovani Rodrigues foi encontrado sozinho caído numa rua em Bragança em 21 de dezembro e acabou por morrer 10 dias depois, num hospital do Porto.
Luis Giovani Rodrigues foi a entrar ontem, 18, nos Mosteiros, Fogo, sua terra natal.
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