A líder da bancada municipal do PAICV na Boa Vista, Gilda Marques, é vítima de agressão verbal, física e psicológica, supostamente perpetrada por um primo seu este sábado, 12 de Agosto. Gilda Marques diz se tratar de mais um caso de VBG e que, por isso, vai até as últimas consequências no sentido de evitar que este se torne em feminicídio.
Segundo relatos da vítima, o caso aconteceu por volta das 21 horas de sábado na localidade de Cabeça dos Tarafes, no Norte da Boa Vista, quando um homem de 50 anos, aparentemente perturbado, entrou no seu estabelecimento perguntando se havia vinho.
“Vendo o seu estado, respondi que não. Daí começou com insultos e ofensa, me chamando de todos os nomes possíveis, enquanto eu o convidava para sair do meu estabelecimento. Este saiu e foi directamente para um outro estabelecimento ao lado, onde começou a insultar outras pessoas, dentre elas o meu irmão que ali se encontravam. Ao ouvir o barulho e a voz do meu irmão já aborrecido com ele, fui lá na tentativa de evitar que meu irmão entrasse em confusão.
Peguei no indivíduo e o afastei dali, enquanto outras pessoas tentavam acalmar meu irmão”, narrou. Gilda Marques, que é também o número dois do PAICV na lista para a Assembleia Nacional, contou que levou o indivíduo em direcção a sua casa, tendo, no caminho, falado que este precisava de umas palmadas para ganhar juízo, para ir dormir e descansar, uma vez que no outro dia tinha trabalho.
“Eis que a menos de 10 minutos o indivíduo volta furioso, agressivo, em frente ao meu estabelecimento gritando que iria matar a mim e a minha filha. Usou todos os palavrões possíveis de imaginar. Ainda sem entender a reacção dele, me aproximei na tentativa evitar, mais uma vez, confusão. Eis que ele me acerta com um tapa na cara”, afirmou
A vítima disse ter corrido do local para se defender do agressor, que já estava num estado “totalmente enfurecido” e perturbado, tendo este começado a atirar pedras na sua direcção (de Gilda Marques).
“Meu irmão e os outros familiares, ao tomarem conhecimento, vieram tentar imobilizar o agressor. Hoje eu poderia estar morta, minha filha órfã de mãe, tudo por culpa de um sistema lento e burocrática. Este não é o primeiro caso de agressão perpetrado por este indivíduo que classifico de perturbado e extremamente agressivo, quando consome algum tipo de bebida alcoólica”, contou.
Gilda Marques disse que, embora se tratar de um familiar, não vai tolerar este tipo de agressão e que irá levar este caso até as últimas instâncias, formalizando uma queixa junto dos tribunais, Polícia Judiciária, Polícia Nacional e junto de demais entidades que lidam com a violência baseada no género (VBG).
“Este indivíduo é conhecido das instâncias judiciais, existe outras queixas contra ele, e chamo a atenção do Ministério público antes que o pior aconteça. Neste momento vive-se um clima de tristeza e revolta aqui na comunidade, visto que a qualquer momento o agressor poderá voltar. Eu sou mais um caso de VBG e na mira de ser mais um caso de feminicídio. Basta de Violência contra as Mulheres”, concluiu.
Suposta arma do crime
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