Por uma política diferente!
Ponto de Vista

Por uma política diferente!

Hoje filia-se nos partidos, não para ajudar na contrução de um país mais desenvolvido, mais justo e mais inclusivo, mas sim, para se dar bem na vida, aproveitando os “expedientes” da “política” para realizar a “vida", e o país que se lixe. Os valores políticos ou ideológicos já não têm mais espaços na política e nos políticos em Cabo Verde, tanto é que pouca ou nenhuma diferença há entre os dois partidos do arco do poder – o PAICV e o MpD - tornando-se cada dia mais evidente que o nosso país precisa de um líder como o Daniel do Livro Sagrado, aquele que propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei!

Cabo Verde está a dar sérios sinais de frustração, podendo a todo o momento passar para um estado de depressão social, com graves impactos na paz social e no bem-estar das populações.

O nosso país está a apelar por uma política diferente, por um ser e estar público capaz de alavancar o sentimento de orgulho nacional, amor, devolução e devoção à pátria, e isto exige uma outra postura e deveres morais por parte da comunidade política.

Escrevo este texto por uma razão simples: está claro entre nós que o exercíco da política no nosso país, nos últimos anos, transformou-se numa arena de oportunismos, um mecanismo para se singrar na vida, sacrificando os direitos da pessoa humana e as obrigações do homem público face aos desafios e oportunidades da sociedade e do país.

Sou jovem e posso afirmar que infelizmente hoje o cenário político nacional é como uma mesa onde o prato principal é o oportunismo e o carreirismo servido por homens e mulheres sem escrúpulos, sob o falso cognome de políticos e servidores públicos, usando e abusando dos parcos recursos de um povo completamente indefeso, ainda preso às amarras psicólogicas e culturais impostas pelo colonialismo.

Partidos! Aqui quando se fala de partidos, a mente nos conduz  naturalmente para o MpD e o PAICV. Estes dois partidos são hoje a via de ascensão ao poder e consequentemente ao sucesso económico e social.

Este quadro é substancialmente mais negro, quando se pensa no PAICV, porque quando esquadrinho a história desse partido e tudo o que fez para o país, chego à infeliz conclusão de que o PAICV deixou de ser um partido de causas e passou a ser uma “casa” para construção de satisfações particulares, pessoais.

Hoje filia-se nos partidos, não para ajudar na contrução de um país mais desenvolvido, mais justo e mais inclusivo, mas sim, para se dar bem na vida, aproveitando os “expedientes” da “política” para realizar a “vida", e o país que se lixe.

Os valores políticos ou ideológicos já não têm mais espaços na política e nos políticos em Cabo Verde, tanto é que pouca ou nenhuma diferença há entre os dois partidos do arco do poder – o PAICV e o MpD - tornando-se cada dia mais evidente que o nosso país precisa de um líder como o Daniel do Livro Sagrado, aquele que propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei!

Precisamos de um líder que tem como objetivo unir e transformar o país. Um líder comprometido com causas, e disponível a dar tudo, mas tudo o que pode, para que o país volte a ter a sua dignidade restaurada, a sua liberdade e a sua autonomia, em todos os domínios e setores do desenvolvimento.

Um líder com coragem e sabedoria para adotar uma política de responsabilidade orçamental, mais focada na redefinição das funções do Estado e na reforma fiscal, e com uma agenda de transformações estruturais e de investimentos seletivos e reprodutivos nas áreas que constituem as verdadeiras alavancas do crescimento: o conhecimento e o empreendedorismo, a economia azul, a agircultura, a pecuária e a industria, etc.!

Um líder com visão para implementar uma nova forma de fazer política. Que significa ser fiel a valores e princípios que definem um Estado de Direito e Democrático, recusando a cedência ao facilitismo, à demagogia e sempre adotando medidas ou condutas impostas por lei, que são necessariamente imparciais, proporcionais, respeitadoras dos direitos, liberdades e garantias, que não tem amigos ou inimigos, mas que se pauta sempre pela justiça e pela defesa do interesse público! E tendo sempre, e a todo o tempo, por prioridade a solidariedade para com os mais desprotegidos e os mais vulneráveis, nunca abdicando de uma profunda intervenção social em prol de um crescente humanismo coletivo e nunca desistir do dever de transformar o país em nome do desenvolvimento económico e da justiça social!

 É o que realmente o país precisa!

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