"O triunfo dos porcos"
Ponto de Vista

"O triunfo dos porcos"

Na verdade, os porcos controlam a produção que acaba sendo comercializada com o inimigo humano, e manipulam a população da quinta com as ideias originais de que todos sairão vencedores. Algum tempo depois, as regras mudam drasticamente… Os porcos conseguem uma série de privilégios, os opositores do seu regime são executados e a população da quinta é dividida em classes. O lema “todos os animais são iguais” muda para: “Todos os animais são iguais MAS alguns são mais iguais que os outros”.

Amo os animais em geral, a ponto de comer e saborear alguns.

Adoro o coelhinho lunático e caprichoso, gosto de cavalos Puro sangue, e adoro ver as galinhas em capoeiras intimidando galos!

O que não gosto é de patos tolos e pior ainda, dos porcos que chafurdam na sua arrogância e vaidade.

Ah os porcos! Nos porcos e com os porcos, encontramos de tudo: porcos servos, porcos criminosos, porcos lentos, porcos mofinos e, até porcos basofos-aqueles que brilham entre os precários. Tudo pode ser encontrado neles, excepto a honestidade e as habilidades interpessoais.
-Ah quase me esqueci, há algo que também pode encontrar nos porcos, a paixão. Sim, a paixão mas apenas pelos próprios interesses.

Convém lembrar que quem vive com os porcos come farelos.

De acordo com os ditos nas tradições modernas, os porcos terão sempre um lugar especial nas sociedades, sejam elas civilizadas ou assimiladas, porque o modernismo permite, por conta da democracia, que os mesmos se personifiquem.

O livro “Animals Farm” (A Revolução dos Bichos), de George Orwell narra como ideias revolucionárias são difundidas entre os animais de uma quinta, que acabam unindo-se para “derrubar” o proprietário, expulsá-lo e transformar a quinta numa “democracia”, governada pelos bichos mais elevados.

Um determinado grupo de animais da quinta, os porcos, usam sua inteligência e astúcia para chegar ao poder e subjugar os demais.

Conseguem ludibriar todos os animais da quinta com a ideia de ao livrarem-se do Homem o produto de seu trabalho será a eles destinado.

Nesta nova sociedade dita democrática, normas e princípios são estabelecidos para que seus membros vivam na mais absoluta igualdade. São levados a acreditar que o Homem é o seu verdadeiro e único inimigo e que ao eliminarem o Homem, a causa principal dos seus infortúnios, todo o mal desaparecerá para sempre.

Defendem o princípio que, o que quer que ande sobre duas pernas é inimigo, o que anda sobre quatro pernas ou tenha asas, é amigo.

É difundido o lema que “todos os animais são iguais”.

Na verdade, os porcos controlam a produção que acaba sendo comercializada com o inimigo humano, e manipulam a população da quinta com as ideias originais de que todos sairão vencedores.

Algum tempo depois, as regras mudam drasticamente… Os porcos conseguem uma série de privilégios, os opositores do seu regime são executados e a população da quinta é dividida em classes.

O lema “todos os animais são iguais” muda para: “Todos os animais são iguais MAS alguns são mais iguais que os outros”.

Os porcos chafurdam na sua arrogância e vaidade, cercados de galos cacarejantes e bajuladores.

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