O meu colega “Comandante Elias Silva”, para além de ser uma pessoa íntegra, honesta e um digno oficial de polícia, é um excelente especialista de segurança pessoal com provas dadas, mas que, maquiavelicamente, foi escorraçado por um pequeno grupinho de indivíduos incompetentes que se armam em entendidos em matéria de segurança. Isto vem a propósito da banalidade do uso e abuso das armas de fogo que ele simplesmente questionou e a cruzada que se travou contra ele...
No país onde eu me formei oficial de polícia eu aprendi que qualquer decisão errada pode ter consequências políticas, pelo que se deve ter muita atenção nas decisões que se tomam, da mesma forma que se deve evitar a omissão. Porém, no meu país não há consequência alguma para as más decisões, mormente para as inações... enquanto prevalecer o “status quo”...
Num país tão pequeno, numa cidade também pequena, passadas aproximadamente duas semanas, um VIP é barbaramente atacado na sua integridade física, num atentado falhado contra a sua vida, não se sente e nem se percebe alguma acção de ciclo completo que visa os bárbaros desse atentado... a política da segurança interna encontra-se desorientada, sem GPS...
O pior não aconteceu, provavelmente, porque a vítima desse atentado é uma pessoa disciplinada e na sua rotina diária não apresentava muitas vulnerabilidades exploráveis pelas ameaças que lhe perseguiam, a não ser o seu hábito saudável de manutenção física matinal, uma situação estudada e explorada, premeditadamente, pelos malfeitores.
Pode-se brincar com tudo, mas não com a segurança, mormente com a segurança pessoal dos titulares dos cargos públicos democraticamente eleitos.
A segurança é uma questão de igualdade, é uma condição indispensável para a afirmação de um Estado de Direito Democrático, em que cada um se sente livre, em qualquer lugar e ou hora, independentemente da sua condição social.
Até quando?...
Demita-se MAI!
*Especialista em segurança pessoal e Comandante das Unidades Especiais da Polícia nos anos 90
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