O presidente do MpD e primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou este sábado, 15, a sua recandidatura à presidência do partido que dirige, “em nome da estabilidade política”, compromisso firmado durante a abertura do ano político 2022/2023.
Perante uma plateia recheada, em que os militantes empenhavam bandeiras e símbolos do partido, Ulisses Correia e Silva revelou aos militante e simpatizantes dos “ventoinhas” que no momento certo, isto é, assim que a direcção Nacional marque a Convenção Nacional no Movimento para Democracia (MpD), vai firmar este compromisso.
“Não precisamos juntar a crise económica e social à crise política. Cabo Verde não merece uma crise política nesta altura. O MpD não precisa de uma crise política actualmente. É preciso que as pessoas compreendam cada momento em que estamos a viver. Estamos com um Governo que defende o povo, e um país com muitos problemas, incertezas e ameaças”, referiu.
Considerado que este não é o momento de brigas, embora reconheça que “cada um tem toda a liberdade para apresentar o que pretende”, o líder do MpD pediu responsabilidades para com o país, para com o partido que dirige e para com milhares de cabo-verdianos, tanto no país como na diáspora”.
O líder do MpD assegurou que o interesse na defesa do país deve estar acima de tudo.
Afirmando que Cabo Verde exige estabilidade, Correia e Silva exortou a todos para um clima de “confiança, foco, energia, fé”, ao mesmo tempo que anunciou para os próximos tempos mais dinamismos de acção política, mais proximidade para com os militantes e multiplicação de acções de forma a responder o que o momento exige.
Nesta lógica, o presidente do MpD lançou um repto no sentido de todos os afectos ao MpD se unirem em torno de uma coesão forte, de modo que o MpD possa estar preparado para as próximas vitórias eleitorais, de forma a inspirar a confiança dos cabo-verdianos no caminho seguro.
Ao longo da sua intervenção, Ulisses Correia e Silva fez questão de referir ao primeiro presidente do MpD, Carlos Veiga, candidato derrotado nas últimas presidenciais, como a “grande referência do MpD e de Cabo Verde”, homenageou a secretária-geral cessante, Filomena Delgado, pelo seu empenho e determinação no cargo que recentemente deixou de exercer.
A ocasião foi também para agradecimento ao ex líder parlamentar do seu partido, João Gomes, assim como para enaltecer a implantação do IDC em Cabo Verde, que o mesmo referiu como “a maior família política do mundo”, tendo sublinhado que o “MpD valoriza a democracia e a liberdade, tendo dado como exemplo a Constituição de 1992.
A abertura do ano político 2022/2023 do MpD foi ainda momento para o presidente da Comissão Política Regional da Praia, Alberto Melo, manifestar a sua pretensão em tornar-se protagonista nas próximas eleições autárquicas para que “O MpD recupere a Câmara Municipal da Praia” e de colocar mais meios e uma política mais acertada junto dos militantes de base.
Alberto Melo disse mesmo que a derrota para o PAICV no maior município do País “deve-se a um modelo de interpretação errado do MpD para com os eleitores” que, a seu ver, resultou “na entrega de bandeja” da autarquia ao maior partido da oposição.
A abertura oficial do ano político do MpD realizou-se na tenda, ao largo do Auditório Nacional, sob lema “Retoma com confiança”, tendo o chefe do Governo afiançado que apesar das triplas crises, mau ano agrícola, pandemia e guerra na Ucrânia, o Executivo privilegiou a sua governação em salvar vidas humanas.
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