Política

António Monteiro falava conferência de imprensa na sede do partido em São Vicente, em reacção à notícia de que alegadamente Amadeu Oliveira ajudou o seu constituinte Arlindo Teixeira a sair de Cabo Verde, de avião, na madrugada de sábado, rumo à França, via Lisboa.  

Segundo o presidente da UCID, Amadeu Oliveira “agiu como advogado e não como deputado nacional e muito menos como representante da UCID”.

António Monteiro defendeu que “a forma de agir de qualquer cidadão não pode ser colada de forma rápida ao partido, como se fez, pelas declarações na comunicação social”.

Também esclareceu que a UCID “não tem nenhuma responsabilidade” nas atitudes profissionais de Amadeu Oliveira, que, sendo advogado, “tem o dever de sigilo profissional junto do seu constituinte”.  

O líder da UCID garantiu que não tinha nenhuma informação de que o advogado iria agir dessa forma.

Mas, ressalvou que Amadeu Oliveira teve e vai continuar a ter a confiança política do partido.

“O cidadão Amadeu Oliveira tinha e tem todas as condições para fazer parte de qualquer lista neste País e, mormente, na da UCID, porque consideramos que ele é um defensor da justiça e tem estado a lutar por uma justiça de melhor qualidade em Cabo Verde”, alegou.

No entanto António Monteiro reconheceu que, muitas vezes, “não concorda com a forma como as coisas são feitas”, mas referiu que existem leis no País e intuições que devem zelar pelo cumprimento das mesmas.

“A UCID pede a quem de direito, neste caso as instituições deste País, para analisarem a situação, friamente, tirarem as ilações e tomarem as medidas que forem necessárias, por mais duras que elas sejam, para que se reponha a normalidade”, disse.

António Monteiro informou que “se for demonstrado que Amadeu Oliveira feriu de morte” a justiça cabo-verdiana a UCID “saberá como reagir”.

“Amadeu Oliveira sabe perfeitamente o que estará a fazer porque o Supremo Tribunal mandou devolver o passaporte a Arlindo Teixeira e suspendeu a interdição de se ausentar do País,” esclareceu a mesma fonte, lembrando que “se uma pessoa não pode ausentar-se do País ele é identificado nas fronteiras cabo-verdianas”.

António Monteiro revelou ainda que o advogado e deputado nacional garantiu-lhe que vai regressar a Cabo Verde para participar da sessão solene da Assembleia Nacional de 5 de Julho e que ele está disponível para dar todas as explicações.