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São Vicente: Primeiro-ministro manifesta empenho do Governo em continuar a apoiar empresas privadas ligadas ao mar
Política

São Vicente: Primeiro-ministro manifesta empenho do Governo em continuar a apoiar empresas privadas ligadas ao mar

O primeiro-ministro visitou na manhã de hoje as empresas Nortuna e Fazenda do Camarão, sediadas em São Vicente, oportunidade em que revelou aos responsáveis o interesse do Governo em continuar a apoiar, pois são “importantes para o País”.

Na empresa Nortuna, na zona de Flamengo, que utiliza o sistema de aquacultura para a exportação futura de uma espécie de atum, o Rabilo, “muito cotado” no mercado internacional, Ulisses Correia e Silva destacou o impacto económico do projecto quando entrar na actividade de produção normal.

“É um investimento importante para Cabo Verde, pois a Nortuna é uma empresa de referência mundial e o impacto económico quando entrar na actividade de produção normal será grande, a nível da capacidade de exportação, também do emprego que cria e do acesso a mercados”, concretizou, o que demonstra, sintetizou, que Cabo Verde tem um “potencial importante” na aquacultura.

O primeiro-ministro indicou ainda que a perspectiva dos responsáveis da empresa é iniciar a exportação daqui a ano e meio, já que há “todo um trabalho de preparação” e de colocação do atum no mar em condições protegidas para ganhar peso antes de ser preparado para exportação, a “parte mais importante” do projecto.

Na empresa Fazenda do Camarão, ante as preocupações colocadas pelo responsável, basicamente relacionadas com o acesso ao financiamento e ao transporte adequado para fazer sair o produto de São Vicente, o chefe do Governo disse que em relação ao financiado deixou informações de que o País tem hoje linhas de crédito em condições “muito favoráveis”, com taxa de juro de 3,5 %.

“Vamos analisar como é que poderemos ajudar ainda mais”, reforçou, até porque, continuou, trata-se de um projecto ao qual disse estar ligado desde o início, no que concerne à promoção, ao incentivo e ao estímulo, pelo que “vamos dar a força suficiente para crescer mais”.

Sobre transportes reconheceu que é “de facto um problema”, pois pode-se produzir camarão em São Vicente suficiente para abastecer a ilha de Santiago, que tem um consumo “muito grande”, então o problema, sintetizou, é encontrar soluções de transporte com arcas ou contentores frigoríficos que possam acomodar e fazer chegar o produto em boas condições aos mercados fora de São Vicente.

“Estaremos a trabalhar para conjuntamente encontrarmos o mais breve possível uma solução que permita a colocação de um produto que importamos e que estamos a produzir no País”, concretizou, ou seja, continuou, há um ganho para o País porque impacta na balança de pagamentos e há ganho pela produção que pode aumentar, o que gera empregos e rendimento.

A Fazenda do Camarão, que ocupa uma área de 50 hectares, dos quais 20 de área molhada na zona do Calhau, prevê produzir este ano 80 toneladas de camarão, sendo hoje uma empresa autossuficiente na produção de larvas.

Por outro lado, os jornalistas questionaram o primeiro-ministro sobre a ideia lançada pelo Presidente da República de Cabo Verde sobre acolher a celebração dos 20 anos da União Africana tendo Ulisses Correia e Silva confirmado que vai conversar com José Maria Neves sobre o assunto.

“Iremos conversar sobre isso e seria muito bom já que União Africana representa muito para todos os países africanos, é um grande evento e será sempre bem-vindo a Cabo Verde”, finalizou o primeiro-ministro.

Na tarde de hoje, já na companhia do ministro do Mar, Abraão Vicente, o primeiro-ministro visita as empresas Cabnave (estaleiros navais), Enapor (administração de portos) e Onave (reparação naval).

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