Política

A presidente da Comissão Política Regional (CPR) do PAICV em Santiago Norte, Carla Carvalho, reiterou hoje que o “grande desafio” do partido é a conquista das seis câmaras municipais da região nas eleições autárquicas de 2024.

Esta dirigente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) em Santiago Norte, eleita para o mandato 2021-2024, falava em declarações à Inforpress a propósito da Assembleia Regional da Assembleia Regional do partido em Santiago Norte, aprazado para este domingo, em Pedra Badejo.

A reunião magna do PAICV em Santiago Norte, para analisar a situação política regional e a aprovação dos instrumentos de gestão, que vai contar com presença de militantes, amigos e simpatizantes do partido e presidida pelo presidente do partido, Rui Semedo, terá lugar na Escola Secundária Alfreda da Cruz Silva, em Pedra Badejo, Santa Cruz.

“Mantemos o objectivo de conquistar as seis câmaras municipais da região nas eleições autárquicas de 2024. Neste momento, Santa Cruz e Tarrafal (câmaras geridas pelo PAICV) têm feito um trabalho excelente que é reconhecido tanto pelos militantes do PAICV e do MpD e pelas próprias pessoas que não têm partido”, afirmou.

“Estamos a trabalhar para conquistar as demais quatro câmaras municipais, e algumas podem parecer aos olhos difíceis, mas, como disse Nelson Mandela: só é difícil até conquistarmos. Estamos a trabalhar para isso, estamos a organizar internamente e os sectores a nível de todos os seis municípios estão a trabalhar com este propósito”, acrescentou.

É que, conforme sustentou Carla Carvalho, assim como o PAICV venceu no Tarrafal, após 28 anos, poderá repetir o mesmo feito em São Miguel, após 27 anos da governação do Movimento para a Democracia (MpD), nas eleições autárquicas de 2024.

Para que tal aconteça, a presidente da CPR do PAICV em Santiago Norte pediu “junção de esforços” de todas estruturas do partido a nível nacional, sobretudo na região – sectores, juventude, mulheres, bancadas e autarcas –, para que possam construir novas oportunidades para Santiago Norte e para a vitória nas eleições.

Em Santa Catarina, São Lourenço dos Órgãos, São Salvador do Mundo e São Miguel, onde o PAICV é oposição, revelou que há “muita perseguição” em relação aos seus militantes.

“Estamos a trabalhar com muita força e foco para ultrapassarmos esta questão de perseguições e esta barreira, porque acreditamos que quando o PAICV ganha quem ganha são os cabo-verdianos”, disse, destacando as dinâmicas imprimidas pela actual equipa camarária do Tarrafal, liderada por José dos Reis.

Daí, notou que o PAICV quer que as populações dos municípios onde o partido é oposição verem que é possível com a governação do PAICV os concelhos e elas próprias saem a ganhar.

No caso particular de São Miguel, disse que os jovens estão a abandonar o município e as pessoas estão sufocadas com a perseguição do actual presidente da câmara, Herménio Fernandes, no que tange aos seus terrenos, alertando que as mesmas estão “quietas”, mas, disse acreditar que vão dar respostas nas urnas, numa alusão às autárquicas de 2024.

“Estes são sinais que estamos a receber que é possível ganharmos em São Miguel, e estamos a trabalhar com afinco e dedicação para esta vitória”, observou, pedindo aos micaelenses que acreditem que ganhando o PAICV assim como as pessoas do Tarrafal eles que que vão ganhar.

Por outro lado, lembrou que Santiago Norte, que possui uma população de mais de 120 mil pessoas, é portadora de “grandes potencialidades” nos domínios da agricultura, pecuária, pesca e turismo, sectores considerados estratégicos para o seu processo de desenvolvimento, mas que, segundo ela, assim como as infra-estruturas encontradas estão abandonadas pela falta de visão do Governo.

O PAICV em Santiago Norte conta com dois presidentes de câmara Carlos Silva (Santa Cruz) e José dos Reis (Tarrafal), nove sectores (Santa Catarina – Centro, Norte, Sudoeste e Oeste –, Santa Cruz, São Miguel, São Lourenço dos Órgãos, Tarrafal e São Salvador do Mundo, seis líderes de bancadas municipais, seis coordenadores da Juventude do PAICV (JPAI), e nove coordenadoras das Mulheres do PAICV.

C/ Inforpress