O vencedor das eleições internas do Movimento para a Democracia (MpD-no poder) para liderar o partido em Portugal, Emanuel Barbosa, prometeu hoje que essa vitória significa “muito trabalho” e adequação do partido aos novos tempos.
Em declarações à Inforpress em Lisboa, depois de se conhecer os resultados do apuramento geral da votação, que decorreu durante todo o dia deste domingo, Emanuel Barbosa, que foi candidato a sua própria sucessão, frisou que o objectivo agora é trabalhar na organização do partido e, sobretudo, para que seja um partido mais próximo da comunidade, “de uma forma efectiva”.
“Pode parecer estranho, porque no fundo consegui ser renovado o mandato, mas é um mandato de transformação, no sentido de dar nova vida ao partido, adequa-lo aos novos tempos e trabalhar na vertente de comunicação de uma forma fortíssima para contrapor a desinformação do nosso adversário directo que é o PAICV”, prometeu.
O deputado do MpD pela Europa acrescentou que será um trabalho a ser feito ao longo do tempo, para que quando se chegar aos períodos eleitorais, “o voto das comunidades seja de uma forma natural no MpD”.
Para Emanuel Barbosa, quando se refere a vertente da organização, está a falar na instalação dos núcleos que “sejam funcionais” do norte a sul de Portugal, inclusive as regiões autónomas, que tenham presença efectiva e permanente junto da comunidade nesse país europeu.
“Organizar o partido também passa por conferir o partido de uma capacidade financeira que possa dar resposta às suas necessidades, passa por pôr o partido a funcionar e com acções capazes de produzir resultados em termos de propostas com medidas de políticas públicas para a diáspora e também ter capacidade de influenciação do partido a nível central, da sua Comissão Política Nacional e do Governo”, enumerou.
Quanto a questão de ter sido o único candidato à liderança do MpD em Portugal, considerou que todos os militantes com capacidade eleitoral podiam apresentar a sua candidatura, mas que perante um quadro democrático, “ninguém pode-se se queixar”, porque “funcionou a democracia interna”.
Do apuramento geral em Portugal, dos 1.383 militantes/eleitores inscritos para escolher o coordenador da Comissão Política do Movimento para a Democracia (MpD-PT) nas eleições internas que acontecem este domingo, 03, com candidato único, houve um total de 376 votos, sendo 355 válidos, 14 em brancos e sete nulos.
À Inforpress, delegada do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE) do MpD, Laurinda Almada, disse hoje que as eleições decorreram “com toda a normalizada, desde a abertura até ao fecho”, sendo que a abertura das mesas aconteceu às 10:00 (08:00 em Cabo Verde) e fecharam às 18:00 (16:00 em Cabo Verde).
O GAPE em Portugal manteve cinco mesas de vota a funcionar, nomeadamente no Porto, Amadora (Cova da Moura), Sede PSD-Amadora, Almada (Monte Caparica) e Moita (Vale da Amoreira).
As eleições para as assembleias políticas concelhias do MpD (no poder) aconteceram em 16 concelhos e as assembleias políticas nas comunidades emigradas, em oito países na diáspora.
Em conferência de imprensa na última semana, na Cidade da Praia, a secretária-geral do partido, Filomena Delgado, sublinhou que o MpD aposta na eleição de líderes locais com autonomia política e capacidade de mobilização, realização de acções políticas e mais acção junto dos militantes e da sociedade.
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