O presidente do PAICV disse hoje que os cabo-verdianos na diáspora estão sedentos da mudança em 2026, por terem sidos deixados para trás desde 2016 pelo Governo do MpD.
Francisco Carvalho falava à Inforpress, em Setúbal (Portugal), à margem do encontro com a comunidade cabo-verdiana, numa perspectiva de diálogo em torno das próximas eleições legislativas e do futuro de Cabo Verde.
“(…) Os cabo-verdianos na diáspora estão sedentos da mudança. Se há parte de Cabo Verde que sofre com esta má governação [do MpD desde 2016] é a diáspora. A diáspora cabo-verdiana é um sonho adiado”, lamentou o candidato do PAICV nas eleições legislativas de 2026.
A título de exemplo, apontou a Estratégia Nacional de Emigração e Desenvolvimento (ENED) que, segundo ele, o MpD “atirou em 2016 para o caixote do lixo”.
Segundo disse, tendo em conta que a diáspora está a sentir que “está a ficar cada vez mais para trás”, caso vencer as eleições legislativas de 2026 vai retornar este plano de emigração ENED, “resolver de imediato” o problema dos transportes aéreos e ainda criar ligações com alguns lugares que interessam Cabo Verde.
De entre as novas rotas a serem criadas, Carvalho, que lidera o município da Praia, desde 2020, indicou Cabo Verde/Brasil e vice-versa, e Cabo Verde e alguns países africanos como Angola, Senegal e São Tomé e Príncipe.
Francisco Carvalho, que disse acreditar que a diáspora cabo-verdiana tem um lugar central no desenvolvimento, prometeu ainda eliminar a taxa cobrada actuamente na importação de veículos e permitir que o cabo-verdiano envie pelo menos dois ou quatro bidões com produtos alimentares sem pagar taxas alfandegárias.
“Todas estas medidas visam fazer com que o cabo-verdiano na diáspora sinta que faz parte da Nação”, declarou.
Na ocasião, o líder do PAICV sugeriu ao MpD e Governo para se preocuparem em resolver os problemas das pessoas, as crises nos transportes marítimos e aéreos e a energia eléctrica, em vez de atacá-lo.
Francisco Carvalho disse ainda que pediu apoio ao Governo para ajudar a resolver o problema de saneamento na cidade da Praia, mas este recusou e agora o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, “faz esta figura” ao visitar Fonton, para incitar a edilidade a ter o saneamento como prioridade.
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A equipa do Santiago Magazine