PM quer entidades políticas a assumirem democracia e boa governança como “forte compromisso” político
Política

PM quer entidades políticas a assumirem democracia e boa governança como “forte compromisso” político

O primeiro-ministro apelou hoje às entidades políticas mundiais a assumirem a liberdade, a democracia e a boa governança como “um forte compromisso” político, que produz “efeitos virtuosos” sobre a paz e o desenvolvimento sustentável.

Ulisses Correia e Silva lançou o desafio durante a abertura da conferência internacional sobre "Liberdade, democracia e boa governança", que decorre durante dois dias na ilha do Sal, destacando que a liberdade e a democracia são “bens essenciais” à humanidade e que garanti-los, é uma “responsabilidade de todas as nações”.

“Quando falamos da liberdade e da democracia, não são abstrações, falamos da vida de pessoas concretas, em comunidade, falamos de direitos civis, políticos, sociais, económicos e culturais essenciais ao desenvolvimento humano”, afirmou o chefe do Governo, que reiterou que a democracia deve ser “suportada e sustentada” por princípios e valores consistentes, caso contrário, será “uma salada onde cabe tudo”.

Na sua intervenção, Ulisses Correia Silva governante referiu ainda que as especificidades geográficas e culturais “erguem-se muitas vezes argumentos para fragilizar a democracia”, mas que, no entanto, “não é utilizada para dotar os países de melhores sistemas e mecanismos de limitação de poder e de fiscalização, melhores sistemas judiciais e mecanismos eficazes de prevenção e combate à corrupção”, lembrou.

Neste sentido, Ulisses Correia e Silva destacou a democracia liberal constitucional existente em Cabo Verde, que se traduz na “estabilidade, boa reputação internacional, confiança nas relações com os cidadãos e com os parceiros de desenvolvimento”.

“Em Cabo Verde somos uma democracia liberal constitucional. Orgulhamo-nos de ser o país mais livre da África, o terceiro país da África no índice da Democracia, o segundo melhor país em África no Índice da Liberdade Económica, o segundo país em África com melhor classificação no Índice de Transparência e Corrupção”, elencou o chefe de Governo.

O primeiro-ministro considerou ainda “uma ilusão” pensar-se que se pode desenvolver um país em ambientes de instabilidade e de falta de confiança dos cidadãos nas instituições, pois, precisou, a ditadura e a autocracia “temporariamente até podem oferecer pão e segurança”, mas a prazo são “um desastre para os países”.

Por fim, Correia e Silva enalteceu a diversidade de painéis e de participantes na conferência que, sintetizou, “faz a ponte entre a liberdade, a democracia e a boa governança”.

C/Inforpress

Partilhe esta notícia

SOBRE O AUTOR

Redação

    Comentários

    • Este artigo ainda não tem comentário. Seja o primeiro a comentar!

    Comentar

    Caracteres restantes: 500

    O privilégio de realizar comentários neste espaço está limitado a leitores registados e a assinantes do Santiago Magazine.
    Santiago Magazine reserva-se ao direito de apagar os comentários que não cumpram as regras de moderação.