A presidente da Comissão Política Regional de Santiago Norte (CPRSN) do PAICV afiançou hoje que a referida comissão terá, nos próximos anos, um “posicionamento muito reivindicativo” sobre as medidas e políticas estruturantes para o desenvolvimento da região.
Carla Carvalho fez estas afirmações em entrevista à Inforpress, na sequência da reunião daquela comissão para pronunciar sobre a estratégia política para a região, para os próximos três anos e discutir o plano de actividades e o orçamento para o ano 2022, realizada no Liceu Amílcar Cabral, na cidade de Assomada.
Segundo esta responsável, Santiago Norte é uma das maiores regiões do país com grandes potencialidades nos domínios da agricultura, pecuária, pesca e turismo, que, a seu ver, são sectores “importantes” e estratégicos no processo de desenvolvimento da região e de Cabo Verde.
“Consideramos na reunião que Cabo Verde só vai desenvolver no dia em que nós conseguirmos ver o desenvolvimento de Santiago Norte, então é neste sentido, que a nova equipa propõe a junção de sinergias das estruturas do partido para colaborarmos todos juntos e com olhos postos no futuro possamos construir um PAICV forte e unido para podermos ter novas oportunidades em Santiago Norte”, afirmou.
Defendeu neste quadro a necessidade de a região reivindicar políticas e medidas estruturantes para o desenvolvimento da região, frisando que Santiago Norte ficou para trás desde 2016, e “algumas acções muito pontuais e estruturantes não foram feitas”.
“O que tem acontecido é que o partido que sustenta o Governo só tem justificado com a questão da seca e, nos últimos dois anos, a questão da pandemia para continuar em silêncio em relação ao nível de pobreza que temos na região”, declarou, salientando que a CPRSN quer trabalhar com todas as estruturas do partido da região norte por forma a ter uma intervenção política muito mais forte na região.
Nos próximos três anos, reforçou, a CPRSN terá uma acção “muito reivindicativa” na região norte da ilha, tendo realçado que a mesma definiu a intervenção política, organização, consolidação da comunicação para a região, coordenação e cooperação e promoção do aumento da participação política das mulheres e jovens na região como alguns eixos estratégicos.
Carla Carvalho apontou, por outro lado, a construção de uma oposição democrática que apresenta alternativas sobre os investimentos e a organização interna para as eleições autárquicas de 2024, como algumas das acções prioritárias a serem desenvolvidas pela referida comissão política.
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