O PAICV pediu hoje ao Governo um esclarecimento “urgente” sobre a situação dos transportes aéreos em Cabo Verde, afirmando que este sector deveria ocupar um "eixo central" das políticas públicas, mas é o "mais decadente" desta governação.
Este pedido foi feito em conferência de imprensa proferido pelo deputado Fidel Cardoso de Pina, ao fazer o balanço das principais questões abordadas na jornada preparatória para a sessão plenária de Maio, sobre a situação dos transportes aéreos que vai ser debatida com o primeiro-ministro esta terça-feira, 21, a pedido do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição).
Para o PAICV, o país continua numa situação de “incertezas e imprevisibilidade” a nível dos transportes aéreos e que isto "prejudica" todos os sectores da economia nacional, por isso, defendeu que este sector deveria ocupar o “eixo central” das políticas públicas do Governo para ajudar no crescimento e desenvolvimento do país.
“O sector dos transportes continua a ser o mais decadente na governação do MpD, considerando ainda que há uma má política no sector dos transportes”, enfatizou.
Por outro lado, Fidel de Pina disse que nesta sessão o PAICV vai pedir também ao Governo o esclarecimento sobre o contrato “não transparente” que tinha com a Bestfly.
E neste aspecto considerou igualmente que é preciso que o Governo dê uma resposta sobre a saída desta companhia aérea do país e como fica a situação dos trabalhadores da mesma.
“Queremos também o esclarecimento a nível do Governo sobre o novo contrato de leasing com a TACV por mais um ano”, disse o deputado do PAICV.
Além disso, afirmou que o maior partido da oposição quer saber como fica a situação do reembolso dos utentes que compraram bilhetes para viajarem no Bestfly.
Por outro lado, avançou que nesta sessão vão ser debatidos outros temas com o primeiro-ministro, nomeadamente, o “crescimento e emprego”.
Em relação a este tema realçou que o crescimento está a ter enormes gastos da Administração Pública e que isso não gera riquezas.
“Um crescimento que não tem tido um impacto na economia, nomeadamente, o rendimento das pessoas, a criação de emprego, a melhoria das condições de vida dos cabo-verdianos”, afirmou, concluindo que neste país "não há grandes obras" para gerar mais empregos.
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