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O principal partido da oposição manifestou “total solidariedade institucional e política” com Francisco Carvalho e com a Câmara Municipal da Praia, numa reação à última diligência do Ministério Público, que aconteceu ontem sob um forte aparato policial. O PAICV alerta para os riscos que “a utilização reiterada e publicamente exposta de meios de força do Estado” representa para a democracia.
No próprio dia em que teve lugar, uma ação de busca e apreensão, liderada pelo procurador Nilton Moniz, nas instalações da Câmara Municipal da Praia, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) veio a público manifestar a sua solidariedade a Francisco Carvalho e à autarquia por ele liderada.
Em comunicado assinado pelo secretário-geral do partido, Vladmir Silves Ferreira, o PAICV considera “preocupante a repetição deste tipo de ações, que têm provocado perturbações graves no normal funcionamento da maior autarquia do país e impactos diretos na vida dos munícipes e dos trabalhadores municipais”, de que destaca a “suspensão dos serviços, ocorrida por razões de segurança” e salienta “que estas operações não são neutras nos seus efeitos”, acabando por “penalizar injustamente” a população da capital do país.
O PAICV sublinha, ainda, que a Câmara Municipal da Praia, sob a liderança de Francisco Carvalho, “tem mantido uma postura de total colaboração, serenidade e transparência, disponibilizando todas as informações e documentos solicitados pelas autoridades”, à imagem do que já havia acontecido anteriormente, embora “sem que daí tenham resultado quaisquer responsabilidades comprovadas” pela investigação promovida pelo Ministério Público.
Riscos para a democracia
O PAICV alerta, também, “para os riscos que a utilização reiterada e publicamente exposta de meios de força do Estado representa para a democracia”, porquanto tais ações têm decorrido “em contextos politicamente sensíveis”, levantando “legítimas dúvidas quanto à sua proporcionalidade e oportunidade”. Para o partido liderado por Francisco Carvalho, “as instituições da República devem servir o Estado de Direito e o interesse público”, e nunca “ser percecionadas como instrumentos de combate político”, numa alusão a ação análoga ocorrida em vésperas das últimas eleições autárquicas.
Por último, o PAICV, reafirma a sua confiança em Francisco Carvalho. na sua liderança e no seu trabalho, “sempre orientado pela defesa do interesse público, da legalidade e do desenvolvimento inclusivo” da capital do país. E apela, ainda, “à serenidade dos cabo-verdianos”, reafirmando o seu “compromisso com a democracia, com o poder local forte e autónomo e com a defesa das instituições eleitas pelo povo”, que, “sem intimidações nem perturbações injustificadas" devem exercer as funções.
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