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Novo presidente do INE pede sede própria para elevar autoestima
Política

Novo presidente do INE pede sede própria para elevar autoestima

O novo presidente do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), João Cardoso, pediu hoje a construção de uma sede própria para a instituição elevar a sua autoestima, com o Governo a prometer essa infraestrutura até 2026.

“Um outro desafio importante é dotar o INE de uma sede própria, neste desiderato, esperamos contar com a colaboração do senhor vice-primeiro-ministro”, apelou João Cardoso, no seu discurso de tomada de posse como novo presidente do INE, dizendo que a sede própria é um “velho sonho” de todos os funcionários que já passaram pela instituição.

“O INE é o órgão executivo central de produção e difusão das estatísticas oficiais, no âmbito do sistema estatístico nacional, uma das instituições mais importantes do país, já é hora de ver este sonho concretizado e a sua autoestima elevada”, insistiu.

A funcionar em instalações na Fazenda, cidade da Praia, João Cardoso disse que o INE tem um “ciúme bom” de ver, por exemplo, o Banco de Cabo Verde (BCV) com a sua sede própria, em Achada de Santo António, também na capital do país.

“Cabe agora ao senhor vice-primeiro-ministro de tentarmos encontrar uma engenharia financeira, e não estatística, no sentido de conseguirmos este objetivo”, insistiu o novo presidente, cuja administração vai ser composta ainda pelo vice-presidente Fernando Rocha, e pela vogal Annie Sanches.

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que conferiu posse aos novos membros, garantiu que o Governo vai tudo fazer para que ainda neste mandato (2021 – 2026) o INE possa ter a sua sede própria.

“E nós também queremos aqui contar com o melhor empenhamento do conselho diretivo para procura de soluções para que o INE possa ter melhores condições de trabalho e para que os seus colaboradores possam atingir patamares novos em termos de desenvolvimento”, afirmou.

Investir constantemente na capacitação dos recursos humanos, estreitar relações com instituições do ensino superior, nacionais e internacionais, e com instituições congéneres internacionais, entre elas o INE de Portugal, foram outros objetivos lançados pelo novo presidente durante o seu mandato.

O novo dirigente máximo quer ainda fomentar a utilização intensiva da informação estatística, aumentar a utilização das fontes administrativas na produção de estatísticas, produzir estatísticas mais diversificadas e mais desagregadas.

E disse que o instituto cabo-verdiano tem “grandes desafios” pela frente, a começar pela realização ainda este ano do IV Inquérito das Despesas e Receitas das Famílias e elaboração, em curso, da nova Estratégia Nacional de Desenvolvimento Estatística (ENDE 2022-2026).

João Cardoso avançou que o INE já está a desenvolver uma plataforma única de recolha de dados, vai exportar serviços para a região da África Ocidental e na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), conseguindo, com isso, recurso para alimentar o fundo de desenvolvimento da estatística.

O novo presidente do INE substitui no cargo Osvaldo Borges, que liderou a instituição desde julho de 2016.

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