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“MpD tem de ser um dos grandes promotores de confiança no País” – presidente do partido
Política

“MpD tem de ser um dos grandes promotores de confiança no País” – presidente do partido

O presidente do Movimento para a Democracia (MpD, poder) afirmou sexta-feira, 25, em São Vicente, que o partido “tem de ser um dos grandes promotores de confiança no País” e posicionar-se na liderança de debates políticos e de ideias.

Ulisses Correia e Silva, que falava no encerramento da conferência “Os partidos políticos na era da globalização e do digital”, protagonizada pelo MpD, concretizou que Cabo Verde, com o MpD, é a síntese daquilo que o mundo, eventualmente, no futuro será, “sem distinções e menorizações” por natureza ideológica, racial e sexual.

Depois de se referir à génese do partido, Correia Silva precisou que hoje o MpD é “um partido maduro, que mudou Cabo Verde” com os marcos que instauraram a democracia e a liberdade, referindo-se ao 13 de Janeiro de 1991 e à Constituição da República de 1992.

Mesmo assim chamou atenção para o facto de a democracia e a liberdade não serem, hoje, conquistas definitivas, devido a “ameaças e riscos”, sendo a democracia uma construção humana.

Por isso, continuou, deve ser “defendida e protegida” face ao surgimento de fenómenos políticos como nacionalismo e populismo da extrema-direita, mas também o radicalismo da extrema-esquerda, que “instrumentaliza a pobreza e as desigualdades sociais e está sempre em trincheira”.

“Se alguém tivesse dúvidas de que é preciso proteger a democracia já é tempo de tirar essas dúvidas”, reiterou, mas no caso de Cabo Verde e da sua democracia, sublinhou, os motivos “são de orgulho”.

“Temos a posição número um das democracias e liberdades em África, posição número dois no índice das liberdades económicas em África e posição 40 no índice da democracia mundial”, declarou o também primeiro-ministro da República, para quem tal deve ser celebrado pelos impactos na distinção de Cabo Verde.

Mas, continuou, deve ser também factor de reflexão e de continuação de aprimoramento “para valorizar cada vez mais o que o País tem e para ganhar confiança no futuro”.

É que, conforme reiterou, o partido que dirige orienta a sua acção política e de governação pela missão de serviço público, descentralização de poder, observância do primado da lei e pela promoção da autonomia e auto-suficiência das famílias.

Pediu ao partido para continuar a ter a responsabilidade geracional, aspecto que deve colocar “cada vez mais no centro da atenção”, em questões como sustentabilidade ambiental, resposta às alterações climáticas, endividamento público, transição energética e o reforço da resiliência do País.

Por fim, prometeu, ao longo do ano, mais debates temáticos e reuniões, estas mais viradas para a organização, mas ciente, vincou, de que o partido tem de continuar a desempenhar “um bom papel no País”, até porque, estando no Governo, há “uma responsabilidade acrescida”, daí continuar a ser o partido que “inspira cada vez mais os cabo-verdianos”.

Intervieram ainda no evento, aberto a dirigentes, militantes e simpatizantes do MpD, os presidentes das câmaras municipais de São Vicente e de Lisboa (Portugal), Augusto Neves e Carlos Moedas, respectivamente, o segundo por videoconferência, e o vice-presidente do MpD, Olavo Correia.

A conferência é sequência a um ciclo que começou com a primeira na Cidade da Praia e, depois de São Vicente, outras serão realizadas no País e na diáspora, sendo que as próximas serão interactivas, de acordo com a organização.

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