O secretário-geral do MpD (poder) qualificou hoje de “falsa e irresponsável” a denúncia do PAICV (oposição) segundo a qual o parecer do Tribunal de Contas apontou “erros, irregularidades e discrepâncias” na gestão dos recursos públicos em 2019.
Luís Carlos Silva, que falava à Inforpress e à rádio pública, considerou que o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) decidiu “definitivamente” assumir “a posição de antipatriótico”, quando Cabo Verde “provavelmente” conhece o “momento mais alto” de projecção internacional da sua história.
O mais grave, continuou a mesma fonte, é que o PAICV fala em irregularidades, mas é incapaz de apontar “um único caso” e que, ao contrário do que disse o maior partido da oposição, o parecer do Tribunal de Contas (TC) “não disparou nenhum alarme”, e que quem está a desejar o alarme é o PAICV.
Para o MpD, as contas de 2019 foram julgadas dentro de um quadro “de normalidade” e que relativamente aos “erros e emissões” o PAICV sabe que tal resulta de uma limitação da lei de classificadores, ou seja, algumas despesas e receitas não conseguem o enquadramento dentro dos actuais classificadores e são enquadrados como “erros e omissões”.
Relativamente ao apelo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) para se enviar ao parlamento o parecer do TC, segundo Luís Carlos Silva, é sabido que à luz da lei o TC tem poder para encaminhar para a Procuradoria qualquer ilegalidade, irregularidade ou indício.
Por isso, disse, o partido vai “manter-se focado” na construção dos pilares da recuperação económica, na reposição da economia na rota de crescimento, fazer as reformas necessárias e acelerar o processo de desenvolvimento e criação de oportunidades para o País e para a Juventude.
“Acreditamos, no entanto, que deva existir espaço na política, mesmo no dissenso ou na pluralidade de opinião, e espaço para celebrarmos Cabo Verde a ganhar”, finalizou o secretário-geral do MpD.
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