O Presidente da República, José Maria Neves, afirmou hoje, na cidade da Praia, que todo membro do Governo deve estar acima de qualquer suspeita.
O Chefe de Estado fez essa afirmação em declarações aos jornalistas à chegada ao aeroporto da Praia, vindo de Angola, quando foi instado a pronunciar-se sobre o alegado envolvimento do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, na morte de um indivíduo na cidade da Praia, em 2014, quando este era director adjunto da Polícia Judiciária.
“O Governo, através do senhor primeiro-ministro, já declarou que mantém toda a confiança no ministro. Portanto, deve possuir os dados necessários para considerar que o ministro está acima de qualquer suspeita, precisamente porque todo o membro do Governo deve estar acima de qualquer suspeita”, disse.
O caso de alegado envolvimento de Paulo Rocha no crime foi denunciado pelo jornal online Santiago Magazine no dia 28 de Dezembro, numa notícia intitulada “Narcotráfico Ministério Público investiga ministro Paulo Rocha por homicídio agravado”.
Na sequência, o Ministério Público, através de um comunicado, adiantou que não constituiu ninguém arguido, nem notificou o actual ministro da Administração Interna [Paulo Rocha] para prestar qualquer declaração nos mencionados autos, nem mesmo na qualidade de testemunha”, lê-se no comunicado da Procuradoria Geral da República (PGR) a que a Inforpress teve acesso.
Primeiro num comunicado e depois de forma presencial, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, declarou que mantém toda confiança no ministro Paulo Rocha, salientando que o está a fazer um “bom trabalho”, não havendo quaisquer razões que justifiquem a sua saída do executivo
O governo defendeu hoje que as recentes notícias vindas a público sobre o ministro da Administração Interna atentam “contra o bom nome e a dignidade do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha”.
O assassinato do referido cidadão, de 39 anos, de nome próprio José Lopes Cabral, conhecido como Zezito Denti d’Oru, ocorreu no âmbito de uma “operação policial promovida pela Polícia Judiciária”.
Segundo o jornal A Nação Paulo Rocha nega que esteve presente na operação.
Comentários