A ministra da Justiça Joana Rosa, tutela da Polícia Judiciária, disse hoje que compete ao Governo “moralizar as instituições”, referindo-se ao caso do inspector da PJ indiciado na prática de crimes relacionados com o tráfico de drogas, e avançado em primeira mão por Santiago Magazine logo de manhã.
“A Polícia Judiciária, enquanto polícia de investigação criminal, tem de dar exemplo. A polícia tem de estar acima de qualquer suspeita”, lançou a governante.
Joana Rosa fez estas considerações, à margam da visita que realizou ao Supremo Tribunal de Justiça, quando foi instada, pela imprensa, a pronunciar-se sobre a detenção de um inspector da PJ indiciado na prática de crimes de adesão e colaboração com associação criminosa para o tráfico de produtos estupefacientes e lavagem de capitais, corrupção e extorsão.
“Havendo actuação que possa pôr em causa aquilo que é a credibilidade da instituição policial, estaremos a tomar medidas, dentro das competências da ministra, mas, sendo já uma matéria do foro criminal, certamente, os tribunais estarão a tomar conta do processo”, precisou a ministra.
A PJ informou hoje em nota de imprensa que a detenção do referido inspector ocorreu fora de flagrante delito, através da secção central de investigação de corrupção e criminalidade económica e financeira (SCICCEF) da instituição aconteceu em cumprimento de um mandado do Ministério Público.
Na nota, a PJ adianta ainda que, na sequência do cumprimento de um mandado de busca à residência e gabinete de trabalho daquele inspector, foram apreendidos objectos de interesse para a investigação.
O detido, de 43 anos, deve ter sido presente, esta quinta-feira, 08, ao Tribunal da Comarca da Praia, para efeito do primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coacção pessoal.
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