Hotel Atlântico na ilha do Sal vai ser transformado num Instituto Superior da Aeronáutica e Indústria Turística
Política

Hotel Atlântico na ilha do Sal vai ser transformado num Instituto Superior da Aeronáutica e Indústria Turística

O Hotel Atlântico, no Sal, vai ser transformado num Instituto Superior da Aeronáutica e Indústria Turística, para atender as prioridades do desenvolvimento do País, formando quadros no sector para inserir no mercado de trabalho de forma “mais assertiva”.

A garantia foi dada pela Secretária de Estado do Ensino Superior, Eurídice Monteiro, que se encontra na ilha do Sal, tendo hoje de manhã visitado as instalações do emblemático Hotel Atlântico, nos Espargos, cuja transformação em Instituto Superior da Aeronáutica e Indústria Turística visa o alinhamento do Ensino Superior com a vocação da ilha.

Para Eurídice Monteiro, essa visita é “muito especial”, já que, conforme sublinhou, focada nos objectivos da instalação deste almejado instituto, parte da Universidade Técnica do Atlântico.

“Então precisamos fortalecer essa iniciativa, daí a necessidade da visita à instalação, que já tem a configuração de um campus universitário. Vai precisar de alguma reabilitação, que, entretanto, será feita por fases para a efectiva implementação. O importante é ter esse espaço e avançar com as necessidades imediatas”, apontou.

Passando revista às várias dependências do antigo hotel, tanto no exterior como no interior do edifício, que “vai precisar de muita intervenção”, a governante considerou que o espaço situado no centro da cidade, é “acolhedor” para a instalação do referido Instituto.

“Mas essa intervenção pode ser feita por fases… o importante é que a Universidade Técnica do Atlântico vai ter um espaço emblemático na ilha do Sal, assim como tem em Santo Antão, para avançar com essas iniciativas de formação superior”, reiterou, explicando, entretanto, que para a abertura do Instituto Superior da Aeronáutica e Indústria Turística no Sal, é preciso adequar o espaço e à acreditação dos cursos junto da Agência Reguladora do Ensino Superior (ARES).

“A autoridade reguladora do ensino superior só vai acreditar os cursos quando identificar, efectivamente, que há instalações apropriadas, um conjunto de pré-requisitos que a universidade deve cumprir para abrir cursos nessas unidades orgânicas que são descentralizadas da universidade”, esclareceu, observando que esta iniciativa “vai exigir esforços” interministeriais, envolvendo vários parceiros.

Aqui na ilha do Sal, por exemplo, o projecto vai ter como parceiros, a câmara municipal, o Ministério do Turismo e Transportes e a Empresa Nacional de Segurança Aérea (ASA).

“O dever do Governo é criar as condições para que a universidade, enquanto instituição autónoma, possa realizar a sua missão, que é trazer o ensino superior a esta ilha, e realizar, portanto, a formação de qualidade que desejamos para ajudar também na prestação de serviço de qualidade e ter mais investigação. Vai ser uma aposta muito grande”, frisou, revelando que a primeira formação aqui, deverá ser a nível do domínio das competências linguísticas.

“Nós estamos a trabalhar para o turismo e o turismo é internacionalização.  Então, vai ser um instituto de natureza cosmopolita e internacionalizado. Temos que qualificar os nossos recursos humanos com esta forte aposta na formação superior, também na investigação para o desenvolvimento”, concretizou a governante, para quem a instalação deste instituto superior terá um impacto” socioeconómico “muito grande, não só para a ilha, mas para o País.

Eurídice Monteiro terá ainda hoje, encontros de trabalho na ASA, também no Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, desta feita, no âmbito de uma outra iniciativa do ensino superior mais ligada à ilha do Fogo, à vulcanologia e geociências, e no final reunir-se-á com a equipa camarária liderada por Júlio Lopes.

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