O presidente da Associação dos Municípios do Fogo e Brava manifestou hoje preocupação com a situação energética na ilha do Fogo, com apagões e falhas no fornecimento, mas, também, que os transportes interilhas estão “no fundo do poço”. Nuías Silva exige respostas “urgentes” do governo.
O também presidente da Câmara Municipal de São Filipe sustenta que a crise energética vivida na ilha, traz graves prejuízos para a economia e que os “blackouts” que se têm registado derivam de fatores externos e alheios ao controlo dos municípios.
Nesse sentido, o presidente do Conselho Diretivo da Associação dos Municípios do Fogo e Brava exige respostas “urgentes” do governo, nomeadamente, com mais investimento na manutenção preventiva da rede de distribuição, na modernização dos geradores e na ampliação da capacidade de produção da central única da ilha.
Prejuízos catastróficos
“Precisamos de investimentos estratégicos e de um sistema de ‘backup’, evitando que falhas na produção provoquem prejuízos catastróficos aos operadores económicos, especialmente num contexto em que já enfrentamos sérios problemas de transportes”, disse Nuías Silva em declarações à comunicação social.
Para o presidente da Câmara Municipal de São Filipe, é preciso contabilizar os danos causados pelos cortes sucessivos e prolongados de energia às empresas e ao comércio local, e lembrando que sem energia, água e transporte de qualidade, é impossível pensar em desenvolvimento regional.
No fundo do poço
Nuías Silva classificou, ainda, o setor dos transportes interilhas como estando “no fundo do poço”, provocando reflexos negativos na vida dos cidadãos e na economia das ilhas do Fogo e da Brava, dificultando a mobilidade de pessoas e bens e comprometendo a ligação da ilha do Fogo com o resto do país.
O autarca, perante este cenário catastrófico, propõe que os municípios do Fogo e da Brava avancem conjuntamente para a realização de uma cimeira com o governo, tendo por finalidade discutir, de forma aberta e construtiva, os principais entraves ao desenvolvimento regional, nomeadamente, no que respeita a energia, água, conetividade e mobilidade.
Uma nova abordagem para garantir o desenvolvimento
“Os municípios precisam ser mais proactivos e sofisticados nas suas propostas. A Câmara Municipal de São Filipe vai propor à Associação dos Municípios do Fogo e Brava que leve avante esta ideia da cimeira, porque é preciso uma nova abordagem para garantir o desenvolvimento harmonioso das nossas ilhas”, salientou Nuías Silva.
O autarca lembrou, ainda, que há compromissos assumidos pelo governo em matéria de iluminação pública, com metas previstas até ao final de dezembro deste ano, e que a edilidade de São Filipe continuará a acompanhar de perto este dossiê, reafirmando o seu compromisso com a melhoria das condições de vida da população.
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A equipa do Santiago Magazine