Dezenas de pessoas, incluindo turistas e passageiros com voos de ligação internacional, retidos na ilha na sequência do cancelamento dos voos da transportadora aérea, seguiram viagem esta madrugada num navio da CV Interilhas. Paralelamente, o PAICV denunciou hoje que a ilha se encontra num estado de “isolamento quase total”, devido à “situação insustentável” nos transportes aéreos e marítimos.
Os passageiros que tinham voos marcados e confirmados para os dias 01 e 02 de setembro e em datas posteriores, foram avisados para estarem no porto de Vale dos Cavaleiros às 03:00 de hoje e transportados a partir das 04 numa viagem alternativa de barco, a pedido da TACV.
Devido à incerteza de realização de voos, os passageiros com ligações internacionais estão a equacionar a possibilidade de seguirem em viagem de barco, sendo que os que têm destino para os estados Unidos da América na próxima sexta-feira, 05, já compraram passagem de embarcação para quinta-feira, 04 de setembro.
A TACV - Cabo Verde Airlines, na sequência dos incidentes registados no dia 31 de agosto, no voo VR 4501 São Filipe/ Praia, e no voo São Vicente/Praia, que envolveu as duas aeronaves, os voos de e para São Filipe estão cancelados, não havendo, ainda, uma previsão para a retoma das ligações Praia/São Filipe.
PAICV denuncia “situação insustentável”
Por sua vez, a Comissão Política Regional (CPR) do PAICV do Fogo denunciou nesta quarta-feira, 03, que a ilha se encontra num estado de “isolamento quase total”, por razão da “situação insustentável” nos transportes aéreos e marítimos.
Em conferência de imprensa, a porta-voz da CPR, Henriqueta Cardoso, criticou a “degradação contínua” dos serviços, que tem causado prejuízos financeiros e profissionais a passageiros, especialmente emigrantes, apontando o dedo ao governo, que acusa de esquecer, enganar e abandonar a ilha. O PAICV exige “soluções urgentes e duradouras para fazer face a esta situação caótica”.
Ainda segundo o principal partido da oposição, viajar de e para o Fogo tornou-se uma autêntica aventura, marcada pela irregularidade, imprevisibilidade e sucessivos cancelamentos de voos e ligações marítimas.
“Nunca se sabe quando e se vai viajar na data prevista. O cancelamento de voos tornou-se parte do quotidiano”, lamentou Henriqueta Cardoso.
C/Inforpress
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