Fogo: “Filipe Santos não gosta do desenvolvimento e nunca defendeu os interesses da ilha” – Luís Nunes
Política

Fogo: “Filipe Santos não gosta do desenvolvimento e nunca defendeu os interesses da ilha” – Luís Nunes

A presidente da Comissão Política Regional (CPR) do PAICV, Luís Nunes, acusou hoje o deputado Filipe Santos de “não gostar do desenvolvimento” e de “nunca ter defendido os interesses” da ilha do Fogo.

Em conferência de imprensa para rebater aquilo que a CPR considerou “as inverdades e trapalhadas” do coordenador do MpD e deputado nacional, Filipe Santos, a mesma fonte avançou que o deputado “não tem moral” para falar do Fogo porque é o deputado que “menos defende os interesses” da ilha e comporta-se como “um servil do seu partido para se manter no cargo”.

Para tal, apontou “vários compromissos assumidos” pelo actual Governo, mas que nunca se ouviu a voz deste deputado “a defender alguma coisa para Fogo a não ser defender a sua dama partidária”.

Como exemplos de compromissos do Governo citou transformar o aeródromo de São Filipe num aeroporto de médio porte, a conclusão do anel rodoviário, a ampliação do porto Vale dos Cavaleiros, criação dos 45 mil postos de trabalho, construção do cais de Baía de Corvo nos Mosteiros, adega definitiva e centro de Saúde de raiz em Santa Catarina.

“A sua intervenção denota uma clara desorientação do MpD na ilha do Fogo, porquanto os foguenses reconhecem a dinâmica que as Câmaras Municipais de São Filipe e Mosteiros estão a imprimir para o desenvolvimento da ilha”, afirmou Luís Nunes, acrescentando que Filipe Santos “não deve estar em perfeitas condições” para avaliar os trabalhos desenvolvidos pela câmara de São Filipe, porque, explicou, o seu partido esteve quatro anos no poder e “nada fez” para que a dinâmica da ilha fosse igual à que existe hoje.

Para o PAICV, a transformação de São Filipe é fruto de uma visão, de uma equipa liderada pelo atual presidente, Nuias Silva, e de uma “capacidade invejável” de mobilização de recursos juntos dos parceiros como Governo, cooperação descentralizada, emigrantes e empresários.

Lembrou que os projectos de asfaltagem e requalificação do Centro histórico resultam de parcerias no âmbito do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA) e de um impulso e apresentação do projeto por parte da câmara cessante.

Segundo o mesmo, o deputado Filipe Santos recebeu e vai receber os convites da autarquia para participar nas várias inaugurações, mas não irá comparecer porque, explicitou Luís Nunes, “não gosta do desenvolvimento do Fogo”.

Sublinhou que “de certeza aparecerá para levantar seu ‘free pass’ para o festival”, mas não para cumprir o seu papel de estar na apresentação e inaugurações e acompanhar a dinâmica e o processo de desenvolvimento.

Para a CPR do PAICV, a última intervenção de Filipe Santos é “uma fuga em frente e uma forma de distrair e confundir os menos atentos”, acrescentando que não há nenhuma obra do Governo em curso que tenha sido um compromisso assumido pelo MpD nesta legislatura, já que os projectos em curso foram iniciados no mandato anterior e deveriam ficar concluídos em Dezembro de 2020.

De acordo com a mesma fonte, ao invés de visitar e reunir como os camionistas para ver a situação crítica que se vive em termos de inertes na ilha e exigir do Governo uma solução e autorizar as câmaras a apanhar areia, foi o próprio deputado que pediu ao Governo para “fechar a autorização”.

Igualmente, a CPR do PAICV aconselhou o deputado a visitar hospital regional, que funciona com apenas três médicos internistas, quando antes funcionava com seis, para poder exigir do Governo mais médicos para a região “em vez de fazer comédia e de repetir aquilo que ninguém já acredita”.

“Apelamos a Filipe Santos que pelo menos uma vez na vida defenda a ilha e os foguenses, que o elegeram, exigindo ao Governo o cumprimento das promessas feitas e não cumpridas para satisfação de todos”, concluiu Luís Nunes.

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