A jornalista Rosana Almeida deixou oficialmente o cargo de presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade de Género (ICIEG), uma medida tomada pelo Governo e já publicada no Boletim Oficial.
Conforme Santiago Magazine havia anunciado em primeira-mão no domingo, 12, a jornalista Rosana Almeida foi afastada pelo Governo do cargo de presidente do ICIEG. A confirmação chega hoje pela via do Boletim Oficial, a dar conta que o Governo deu por finda a comissão de serviço de Rosana Almeida.
O despacho, entretanto, não explica os motivos do término das funções à frente da entidade, nem o nome do seu substituto. Almeida poderá ir agora para o PNUD, para onde terá sido convidada a trabalhar há já algum tempo, ou regressarrá à sua casa de origem, a TCV, onde ganhou popularidade e notoriedade como uma das melhores jornalistas da trelevisao cabo-verdiana.
Segundo fonte deste diário digital, que noticiou este caso em primera-mao, o motivo dessa demissão prende-se com o facto de Rosana Almeida ter manifestado publicamente o seu descontentamento em relação a um vídeo que coloca a sua imagem nos bastidores da campanha presidencial de Carlos Veiga, apoiado pelo MpD, e pelo Governo.
O vídeo em questão aparece na página “O Lembrador” na rede social Facebook. Nele, o apresentador, com uma postura engraçada, tenta desconstruir discursos do também candidato a Presidente, José Maria Neves, feitos em diferentes momentos, abordando as afinidades do Presidente e o Governo.
Num primeiro momento, mostra-se uma declaração pública de José Maria Neves a defender que não se deve pôr os ovos no mesmo saco e que o Presidente da República deverá estar de um lado diferente do Governo para poder ajuizar, sem o risco de ser influenciado pelo poder executivo.
Rosana Almeida é jornalista de profissão e estava a desempenhar tendo o cargo desde 2016, quando o MpD assumiu o Governo.
Criado a 10 de Janeiro de 1994, como Instituto da Condição Feminina (ICF), a instituição passou a ser designado Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), a 10 de Julho de 2006.
Funciona como espaço de integração e articulação horizontal das medidas sectoriais do Governo relativas à problemáticas da igualdade de género e do reforço da capacidade das mulheres, coordenando as políticas públicas e contribuindo para a definição de estratégias governamentais.
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