Fundador do Movimento para a Democracia (MpD), ex-presidente da Assembleia Nacional e primeiro Provedor de Justiça de Cabo Verde, António Espírito Santo Fonseca publicou na rede social Facebook um texto endereçado a Ulisses Correia e Silva, onde pede a “cabeça” de Olavo Correia e assume com toda a clareza a atitude que o país deve ter perante a indemnização de 31 milhões de euros à CV Interilhas: NÃO PAGAMOS!
Ironizando numa ficção sobre o país e Ulisses, apresentando-o como um rei que “sempre arranjava pretexto para degolar um ou outro dos seus próximos”, António Espírito Santo alude a “uma nova revolta que estalou no reino” …, perante a perplexidade do rei, “sem perceber nada do que se passava”.
E prossegue a ficção:
"Perguntou o rei a um seu Assessor:
O que é que este Povo quer?
Sua Majestade, o povo quer uma cabeça!”
Abandonando a narrativa ficcionada e entrando no terreno mais real da perplexidade do país e os silêncios de Ulisses perante o escândalo do contrato com a CV Interilhas, o ex-provedor de Justiça não poupa na clareza da resposta:
“Simples, dr. UCS! Politicamente falando queremos uma cabeça!
Esta já foi identificada como sendo a de Olavo Avelino Correia!
Se não o conhece ou se os dois são irmãos siameses, não interessa!
É certo que, no imediato, a nação tem de cuidar das feridas que a feroz competição pelo solo, sobretudo solo urbano, preparou contra alguns dos mais pobres e mais desprotegidos. Isto é inadiável e haverá tempo para se tratar do resto”, salienta António Espírito Santo, não deixando, contudo, de aludir a outra urgência.
“Mas o OLAVO também é urgente! É que nesse ‘31’ em que querem mergulhar os caboverdianos, esboça-se a sentença mais justa que este povo pode proferir:
Quem pagar os 31 Milhões de euros é INIMIGO DO POVO!
Quem receber os 31 Milhões de euros é INIMIGO DO POVO!
NÃO PAGAMOS!”, conclui o fundador do MpD, partido que abandonou em 2000.
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A equipa do Santiago Magazine