Também o ministro da Defesa de Israel está na mira do Tribunal de Haia, assim como vários líderes do Hamas
O Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu esta segunda-feira, 20, desde Haia, a emissão de mandados de captura internacionais contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mas igualmente sobre o ministro da Defesa, Yoav Gallant.
Também sobre o Hamas, contudo, recaem pedidos de mandados. Yahya Sinwar, líder do Hamas, Mohammed Al-Masri, comandante das Brigadas Al-Qassam, e Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político, estão igualmente indiciados pelo TPI.
Após investigação (em curso há meses) e recolhidos indícios suficientes, o procurador Karim Khan, do Tribunal Penal Internacional, considerou os líderes de Israel e do Hamas responsáveis por diversos crimes de guerra e crimes contra a humanidade — nomeadamente, do lado do Hamas, referem-se os ataques de outubro de 2023; do lado israelita, apontou a recente incursão militar na Faixa de Gaza.
Desde o início da guerra, em outubro, cerca de 35.500 pessoas perderam a vida naquele enclave palestiniano.
O procurador considerou ter "motivos razoáveis para acreditar" que Netanyahu e Gallant "têm responsabilidade criminal” por crimes cometidos em Gaza. Os dois políticos israelitas são suspeitos de causar "intencional e sistematicamente” a fome de civis como método de guerra, também de causar intencionalmente “grande sofrimento ou ferimentos graves” e, ainda, de “homicídio voluntário”.
Ainda segundo Karim Khan, e quanto às chefias do Hamas, os mesmos são acusados de “assassínio de centenas de civis israelitas" no ataque de 7 de outubro, acusando-os o procurador de crimes de tomada de reféns, violação e outros atos de violência sexual, tratamento cruel, ultrajes à dignidade pessoal e outros atos desumanos, no contexto de cativeiro dos 245 reféns capturados em outubro de 2023.
O Hamas já reagiu ao mandado, acusando o procurador de "equiparar a vítima ao carrasco” e afirmando que o TPI “não tem base legal” para esta acusação — uma acusação que, dizem, “viola as convenções e resoluções internacionais".
Finte: Expresso.pt
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