Outros Mundos

Organizada pelo grupo 50501, cujo nome representa “50 Protests, 50 States, One Movement” (50 protestos, 50 estados, um movimento), a iniciativa pretende mobilizar manifestantes contra aquilo que considera ser um regime anti-democrático. 

“Não vamos viver num regime fascista”, declarou a organização, apelando à mobilização dos americanos: “Juntem-se a nós para que as vossas vozes sejam ouvidas e tenham raiva contra o regime”.

Há pelo menos um protesto previsto em todos os estados e estão marcados no total, até ao momento, cerca de 260. Em alguns estados, como é o caso da Califórnia, estão agendadas várias ações de protesto.

Em Los Angeles, onde os dois últimos meses foram marcados por rusgas anti-imigração e protestos contra a agência federal ICE (Immigration and Customs Enforcement), a manifestação anti-Trump vai acontecer em frente à câmara municipal, no parque Gloria Molina.

A organização 50501 disse que se trata de uma ação que não procurou obter permissão das autoridades. 

“Não colaboramos com os poderes contra os quais protestamos”, indicou a organização. 

Os panfletos alusivos ao protesto incluem palavras de ordem contra Donald Trump e contra a agência de imigração ICE. 

“Somos uma nação sob coação. As pessoas estão a ser levadas das suas casas, dos supermercados, de lugares seguros”, denunciaram os organizadores num vídeo referente ao protesto, especificando que estes casos são de “pessoas que não têm cadastro, que têm casos a correr para obter cidadania ou asilo”.

“Esta não é a terra dos livres. É a terra dos ricos e privilegiados”, defenderam ainda.

Este é o quinto mês consecutivo com manifestações por todo o país contra o Presidente republicano e a sua administração.

Em abril passado, o protesto “Hands Off” desencadeou mais de mil manifestações no país para contestar várias medidas aprovadas pela administração Trump desde que regressou à Casa Branca (presidência), em janeiro. Também no dia 14 de junho, o aniversário de Donald Trump, foi convocada a ação nacional “Dia Sem Rei”.

As políticas de imigração e o desafio regular de ordens judiciais têm sido o grande alvo dos manifestantes, embora outros aspetos da administração também sejam motivos de fortes críticas.

Entre esses está a ação do milionário Elon Musk no Departamento de Eficiência Governamental e mais recentemente a polémica relativa ao empresário Jeffrey Epstein, que foi encontrado morto na prisão quando aguardava julgamento por tráfico humano e sexual de menores, e que no passado manteve uma relação de amizade com Trump.