O movimento palestiniano garantiu hoje, no Egito, estar a trabalhar para “superar obstáculos” e alcançar um acordo que ponha fim à guerra. Mediadores discutem trégua e troca de prisioneiros, enquanto o conflito completa dois anos e o número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassa 67 mil.
O representante do Hamas, Fawzi Barhoum, disse nesta terça-feira, 07, que a delegação do grupo militante palestino, atualmente em negociações no Egito sobre o plano de Donald Trump, busca superar todos os obstáculos para chegar a um acordo que ponha fim à guerra.
A primeira rodada de negociações em Gaza, entre o Hamas e os mediadores, terminou no Egito “numa atmosfera positiva”, informou a comunicação social pública egípcia. A Al-Qahera News informou que os diálogos continuarão, também entre o Hamas e os mediadores na cidade turística de Sharm El-Sheikh, para onde uma delegação israelita seguiu na última segunda-feira.
O plano do presidente norte-americano exige que o Hamas devolva todos os 48 reféns — dos quais cerca de 20, segundo Israel, ainda estariam vivos —, abra mão do poder e se desarme. Em contrapartida, seriam libertadas centenas de prisioneiros palestinianos, aumentaria a ajuda humanitária e chegariam ao fim os ataques de Israel. No entanto, a proposta aceite pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não abre caminho para a criação de um Estado palestino.
Uma das principais condições do Hamas, desde o início do conflito, tem sido a retirada total de Israel de Gaza em troca da libertação dos reféns restantes. E, embora a fação palestiniana tenha indicado disposição para abrir mão da autoridade administrativa, tem descartado o desarmamento.
Nesta primeira fase de negociações, os mediadores trabalham com ambas as partes para preparar as condições para a libertação dos 48 reféns israelitas, mantidos em Gaza, em troca de 1.700 prisioneiros palestinianos detidos em prisões de Israel, mas também para determinar a data de uma trégua temporária.
C/Opera Mundi
Foto: Captura de imagem
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