Defesa de Alex Saab denuncia existência de embarcações militares à volta de Cabo Verde
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Defesa de Alex Saab denuncia existência de embarcações militares à volta de Cabo Verde

Tudo indica que a prisão do diplomata Venezuelano, Alex Saab, considerado testa-de-ferro de Nicolás Maduro, está a conhecer um novo episódio, desta feita relacionado com uma possível operação de fuga ou sequestro - ou outro ensaio qualquer - a crer numa nota enviada pela equipa de defesa, liderada em Cabo Verde pelo advogado, José Manuel Pinto Monteiro, a denunciar a "existência de inúmeras embarcações militares à volta do arquipélago".  

A referida nota, que invoca "fonte fiável", fala concretamente da “existência de inúmeras embarcações militares à volta do arquipélago”, supostamente “avistadas por satélites”, acusando que o ex-ministro da Defesa terá dado “ordens aos militares para não defenderem Alex Saab no caso de uma operação de outros países, nomeadamente dos EUA”.

“A origem desses navios não é conhecida nesta fase”, avisa o comunicado, acrescentando que “a equipa de defesa de Alex Saab está a desenvolver contactos com as diferentes entidades para apurar mais sobre a origem, propósito e destino dessas embarcações e da legalidade da sua atuação”.

Alex Saab, de 49 anos, foi detido em 12 de junho pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América (EUA), quando regressava de uma viagem ao Irão em representação da Venezuela.

O Tribunal da Relação do Barlavento já decidiu por duas vezes – a última das quais em janeiro, ambas com recurso da defesa – pela extradição de Alex Saab para os EUA.

O Governo da Venezuela exige a libertação de Alex Saab, garantindo que aquando da detenção no Sal possuía imunidade diplomática, pelo que Cabo Verde não podia ter permitido este processo.

Neste processo, os EUA, que pedem a extradição do colombiano, acusam Alex Saab de ter branqueado 350 milhões de dólares (295 milhões de euros) para pagar atos de corrupção do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, através do sistema financeiro norte-americano.

O empresário colombiano foi colocado em 25 de janeiro em prisão domiciliária na ilha do Sal, após mais de sete meses em prisão preventiva, passando ao regime de prisão domiciliária, enquanto aguarda o desfecho do processo de extradição pedido pelos Estados Unidos da América (EUA).

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