• Praia
  • 29℃ Praia, Cabo Verde
Advogado guineense vítima de tentativa de assassínio afirma que vai continuar a lutar
Outros Mundos

Advogado guineense vítima de tentativa de assassínio afirma que vai continuar a lutar

O advogado guineense e antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos Luís Vaz Martins disse que “vai continuar a lutar”, depois hoje de ter sofrido uma tentativa de assassínio, denunciada por aquela organização não-governamental.

“Façam o que fizerem, eu vou continuar com a minha luta”, afirmou à Lusa Luís Vaz Martins.

Segundo Luís Vaz Martins, o que se passou foi “um ato cobarde como têm estado a fazer ao longo deste tempo”.

“Esta é uma mensagem mais forte”, salientou.

Questionado pela Lusa sobre se o ataque de que foi alvo está relacionado com alguns processos que tem como advogado, Luís Vaz Martins disse pensar que está relacionada com declarações que fez recentemente ao analisar numa rádio guineense a crise do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).

O antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos integra o coletivo de advogados do ex-primeiro-ministro guineense Aristides Gomes e da ex-ministra da Justiça Ruth Monteiro, bem como do líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.

Numa análise à situação do Madem-G15, Luís Vaz Martins considerou que a crise daquele partido estava relacionada com as pretensões do atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, de controlar todas as entidades, de imiscuir-se nas questões religiosas e político-partidárias, e que essa não deve ser a conduta de um Presidente da República.

Um grupo de pessoas que seguia numa viatura de matrícula estrangeira embateu três vezes contra o carro onde seguia Luís Vaz Martins com o objetivo de o fazer despistar.

Segundo o advogado, se o despiste tivesse ocorrido podia ter morrido porque seguia a alguma velocidade.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos já denunciou e condenou a tentativa de assassínio, considerando o ato como “cobarde e gratuito” ao tentar silenciar “as vozes dissonantes com o propósito de instalar um regime totalitário na Guiné-Bissau”.

Partilhe esta notícia