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Gestão Municipal Eficiente
Colunista

Gestão Municipal Eficiente

Gestão é o efeito de gerir, com utilização de vários instrumentos, organizados e monitorados do sistema, tendo em vista os melhores resultados para a instituição.

Hoje, gerir exige eficiência e eficácia, sob pena de perder as oportunidades do mercado e do mundo globalizado.

Em cada município há um conjunto de recursos disponíveis que estão sob gerência de um líder político que procura aplicar bem esses meios pecuniários, através de tomadas de decisões, de modo que os objetivos sejam atingidos e as necessidades do coletivo sejam concretizadas. Otimizar o máximo possível a rentabilidade com o mínimo recurso disponível, é exercer a gestão na sua plenitude.

O bom gestor municipal é aquele que conhece a estrutura financeira da sua entidade, as fragilidades e dificuldades da tesouraria, planeia e organiza os processos para que os ganhos sejam de agrado de todos os interessados.

Falar de gestão municipal eficiente implica expressar de competência, produtividade, eficácia, realizar uma tarefa sem erros, com o mínimo de desperdício e que no fim se alcança grandes conquistas.

Aplicar bem as escassas disponibilidades de um concelho, hoje mais do que nunca requer organização, responsabilidade, transparência e um líder que pauta pela legalidade, uma vez que a gestão dos recursos públicos é regulada pela legislação Cabo-verdiana.

Para obter ou conseguir uma gestão municipal eficiente é preciso seguir e executar algumas medidas relevantes de gerência.

Primeiro, começaríamos a apontar como principal passo para uma gestão municipal eficiente, o planeamento. O planeamento é a base, o suporte, a palavra-chave para atitudes e decisões eficazes.

O gestor público tem de conhecer o cenário, o ambiente que administra. Inteirar da estrutura orgânica da sua instituição. Essa atividade é o primeiro alicerce a traçar de uma construção resiliente, para alcançar uma gestão eficiente. Nada arranca sem planeamento e sem uma linha orientadora, que indique o caminho a percorrer e a meta a chegar. Diria, estabelecer de forma clara os objetivos para cada vereação e definir o meio para atingi-los.

Na falta dessas orientações, o certo é atrapalhar-se pelas curvas e perder pelas más escolhas.

O segundo passo para alcançar o sucesso na gestão municipal é a organização. Neste ponto, o gestor público municipal já deve usar o planeamento elaborado para desenvolver a concretização dos objetivos. A organização é um processo simples que atende a capacidade de delegar as tarefas aos funcionários. Um líder político que não seja capaz de delegar responsabilidade a outrem, terá dificuldades em cumprir com os compromissos assumidos perante o seu povo. O prazo para a entrega das atividades é fundamental para o mecanismo de organização.

Terceira medida para trilhar uma gestão municipal eficiente é definir prioridades. Sem uma visão geral das necessidades, o gestor público municipal arrisca-se a conduzir mal os recursos disponíveis na região, daí que, é essencial marcar as prioridades para uma boa aplicabilidade e distribuição da riqueza.

Elaborar instrumentos estratégicos de gestão autárquica, seria um quarto passo. Nesta medida, um bom administrador público deve alinhar os problemas com as soluções, mediante as condições financeiras do município.

A entrada de receitas e a previsão de despesas devem ser as duas maiores preocupações do líder autárquico. Para que o planeamento não desande é preciso estar sempre atento ao fluxo de caixa, ou seja, ao dinheiro que entra e sai diariamente, tendo em atenção os imprevistos.

Para que todos os passos até agora referidos sejam de sucesso e para o próprio êxito de gestão autárquica, é necessária uma liderança. Antes de mais deixar claro que não existe bom líder e mau líder, existe sim, líder e dentro desse há vários tipos, democrático, autoritário e outros. O líder inspira e motiva qualquer funcionário no desenvolvimento profissional, envolvendo-o com a cultura organizacional e por fim proporcioná-lo um ambiente de trabalho positivo.

Os objetivos pessoais têm de estar sincronizados com as metas do grupo, valorizando a confiança, a autoestima, elevar a qualidade dos serviços e consequentemente a produtividade da instituição. Para uma gestão eficaz e competitivo, requeira um líder antenado e não um chefe.

O último ponto que queria sublinhar é o controlo do tempo e das atividades. Uma vez delegada as tarefas aos colaboradores, os gestores políticos não podem temer e nem perderem tempo na cobrança da realização das atividades por parte dos funcionários. Perder tempo implica baixa produtividade do conjunto.

O maioral tem de identificar os problemas antes de virarem um abismo sem solução.

A constituição da república de Cabo Verde preceitua que, cada cidadão tem direito a uma vida condigna, e a administração pública existe para tal efeito, garantir condições e meios para o bem-estar das pessoas. Esta arte está associado ao dinheiro público no comando de um dirigente político e este está sob controlo interno, externo, social e judicial.

É um importante sistema, que se diga para resguardar a regularidade do serviço público, no que tange a gerência de dinheiro de todos nós.

Em princípio o administrador político só pode fazer aquilo que a lei autorize-lhe e da forma que a lei comanda, mas por vezes, estes atores passam por cima da legalidade.

Uma equipa enérgica, com o planeamento e organização só tem um caminho a seguir, o certo. Só precisamos de um grupo dinâmico, que está a altura de atrair mais investimentos, gerar mais desenvolvimento social, num ciclo de crescimento sustentável, para as finanças estarem a serviço de sociedade.

Deseja-se um mandato político que trabalha para melhorar a economia, garantir a auto-sustento do município, maximizando as receitas e minimizando as despesas.

É possível, o importante é haver uma visão delineada e trabalho.

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Redação