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CPI. "O concurso de Transportes Marítimos foi fraudulento", diz Palm Shipping Lines
Economia

CPI. "O concurso de Transportes Marítimos foi fraudulento", diz Palm Shipping Lines

O representante da Palm Shipping Lines e Tshudi Ship Management afirmou hoje que o processo de concurso dos transportes marítimos inter-ilhas foi “fraudulento” garantindo que a sua empresa tem todas as condições para prestar serviço de qualidade.

Em declarações à imprensa após ter sido ouvido, esta quinta-feira, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Luís Lopes criticou a condução do processo que resultou na exclusão da sua empresa na fase de manifestação de interesse.

“Houve má fé em todo esse processo porque começou logo no início a partir da manifestação de interesse a exclusão da empresa, sendo uma empresa que está a montar-se como é que vai excluí-la por falta de declaração de impedimento, não temos dívidas nas finanças e nem na previdência social”, disse, adiantando que a sua empresa ficou prejudicada no valor de 10 mil contos ao participar do concurso e que já recorreu ao Tribunal.

Questionou ainda o facto de um membro do júri ainda na conclusão da primeira fase do processo de concurso dos transportes marítimos inter-ilhas, passar a integrar o grupo de trabalhadores da Transisular, empresa vencedora do concurso.

Sobre as justificativas de que a sua empresa não apresentou nem condições técnicas e nem financeiras, para participar no concurso, Luís Lopes afirmou que isso não é verdade e que inclusive a sua empresa tem três financiamento garantidos para operar no serviço inter-ilhas.

“Se tivéssemos vencido o processo num prazo máximo de noventa dias teríamos, para começar, três embarcações novas para serem testadas em alto mar” disse, destacando entre os financiadores o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

No que se refere à apresentação de documentos em língua estrangeira que não inglês ou francês, o representante da Palm Shipping Lines e Tshudi Ship Management  asseverou que realmente a sua empresa chegou a apresentar documentos em holandês mas que também foram apresentados documentos em inglês e em português.

“Apresentamos os documentos em inglês mas o presidente do júri pediu que enviássemos mais documentos para que pudesse interpretar melhor o que ele pedia e nós solicitamos os documentos à empresa mãe que tem 110 anos de existência para enviar os documentos e na pressa e pressão acabamos por enviar em holandês”, confessou.

Luís Lopes lamentou a forma como todo o processo foi conduzido estranhando o facto da empresa vencedora, que não tem embarcações, operar em regime de exclusividade.

Mostrou-se ainda céptico que a Transisular consiga realmente prestar os serviços de transportes marítimos inter-ilhas, uma vez que a experiência da empresa regista-se no transporte de cargas e combustíveis.

Em Outubro de 2018, o Governo anunciou que entre as empresas seleccionadas, o grupo português Transinsular tinha o concurso público internacional para a gestão e exploração do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga entre as ilhas.

Em Março deste ano, o Governo e a Transisular assinaram o contrato de concessão do serviço público de transporte marítimo de passageiros e cargas.

Com Inforpress

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Redação