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“Vamos privilegiar a cultura da integração e do conhecimento e sua mobilização para a ação”   
Entrevista

“Vamos privilegiar a cultura da integração e do conhecimento e sua mobilização para a ação”  

Palavras da candidata ao cargo de Reitora da Universidade de Cabo Verde, Maria de Lourdes Gonçalves, doutorada em Desenvolvimento Rural pela Faculdade de Ciências Económicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil), mestrada em Ciências Sociais pela Universidade de Cabo Verde e Licenciada em Antropologia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (Portugal), numa entrevista exclusiva ao Santiago Magazine. Confira!

"O que me move é também a paixão e a vontade de me dedicar à Uni-CV e retribuir, com honra, orgulho e competência o que dela recebi e continuo a receber. Estando, desde 2020, como a sua mais nova pró-reitora, depois de ter sido Vice-Presidente da Escola de Ciências Agrárias e Ambientais; Membro do Conselho de Qualidade e Avaliação, Membro do Conselho Científico, Coordenadora da área de Investigação no Centro de Investigação em Género e Família, Membro do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento, Modernização e Meio Ambiente (GEDMMA- Universidade Federal do Maranhão/Brasil), da Rede de Estudos Ambientais dos Países da Língua Portuguesa (REALP), Discente e Docente, considero-me o mais genuíno ramo enxertado na videira que a este pleito concorre para a sua liderança e que mais reúne condições para exercer uma nova liderança que valorize, congregue e catalise as competências de forma a produzir resultados com mais impacto social."

Santiago Magazine - Quais são as suas motivações em concorrer para o cargo de Reitora da Universidade de Cabo Verde?

Maria de Lourdes Gonçalves - Em primeiro lugar a necessidade natural de qualquer pessoa em termos de auto-realização profissional. Ou seja, o direito e a possibilidade de evoluir e alcançar todo o meu potencial como profissional e agente social ativa e interessada em dar o meu melhor para o desenvolvimento da minha instituição. Para mim, isto é inquestionavelmente motivador e mal andaria qualquer pessoa que não tivesse em algum grau esta aspiração progressiva.

Em segundo lugar, como docente e como dirigente, sinto-me conhecedora da Uni-CV e preparada para salvaguardar, valorizar e ampliar todo o património da Instituição que ajudei a construir e do qual naturalmente me orgulho.

Tenho ideias, conhecimentos, projetos e relações que podem ser uma mais-valia na Missão de desenvolver os Estatutos da Universidade e de a liderar visando o conhecimento ancorado na Ciência e na Tecnologia, para encontrar as melhores soluções para ela e para o País.

E finalmente, porque o que me move é também a paixão e a vontade de me dedicar à Uni-CV e retribuir, com honra, orgulho e competência o que dela recebi e continuo a receber. Estando, desde 2020, como a sua mais nova pró-reitora, depois de ter sido Vice-Presidente da Escola de Ciências Agrárias e Ambientais; Membro do Conselho de Qualidade e Avaliação, Membro do Conselho Científico, Coordenadora da área de Investigação no Centro de Investigação em Género e Família, Membro do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento, Modernização e Meio Ambiente (GEDMMA- Universidade Federal do Maranhão/Brasil), da Rede de Estudos Ambientais dos Países da Língua Portuguesa (REALP), Discente e Docente, considero-me o mais genuíno ramo enxertado na videira que a este pleito concorre para a sua liderança e que mais reúne condições para exercer uma nova liderança que valorize, congregue e catalise as competências de forma a produzir resultados com mais impacto social.

O que leva a professora a acreditar que pode ser Reitora da Universidade de Cabo Verde?

"A minha crença na vitória é sim, no meu projeto de liderança e no programa de ação que é baseado num trabalho aprofundado de diagnóstico e projeção das soluções mais adequadas e viáveis para o desenvolvimento da instituição e da nação cabo-verdiana, face aos constrangimentos, ameaças e desafios, mas também às potencialidades da Uni-CV, suas competências e capacidade de competir e cooperar aos níveis nacional e internacional, com as redes já bem consolidadas."

Não se trata de acreditar, ou não, na vitória por um sentimento de competitividade ou relacionado com a auto-estima e a satisfação do ego. Embora seja uma realidade sempre presente nas nossas vidas, há coisas mais importantes. É certo que participo neste processo eleitoral com determinação e entrega total, mas com tranquilidade e despreendimento e sem fazer disso uma questão de honra. Acredito que ganhar ou não ganhar uma eleição não nos faz melhores ou piores do que os nossos adversários que, é preciso sublinhar, neste contexto são meramente por uma questão circunstancial.

Quero dizer com isto que se ganhar vou cumprir com vontade e determinação a minha Missão. E que se ganhar um dos outros dignos concorrentes, meus colegas, estarei sempre disponível e motivada para continuar na docência ou em qualquer missão para a qual seja chamada em nome dos interesses da Uni-CV, mas sem que isso esteja vinculado a qualquer cargo ou função de destaque.

A minha crença na vitória é sim, no meu projeto de liderança e no programa de ação que é baseado num trabalho aprofundado de diagnóstico e projeção das soluções mais adequadas e viáveis para o desenvolvimento da instituição e da nação cabo-verdiana, face aos constrangimentos, ameaças e desafios, mas também às potencialidades da Uni-CV, suas competências e capacidade de competir e cooperar aos níveis nacional e internacional, com as redes já bem consolidadas.

Desta convicção e postura resulta que o meu estado de espírito é de segura tranquilidade e confiança porque a votação será aquilo que tiver de ser e em função da escolha informada, consciente e honesta dos eleitores da nossa comunidade académica e, creio, com a vigilância ativa da sociedade.

Se for eleita Reitora o que é que vai mudar na universidade pública?

"A minha/nossa liderança privilegia a cultura da integração e do conhecimento e sua mobilização para a ação. O desafio não será o de mudar por mudar, mas antes e acima de tudo reforçar a confiança, motivar as pessoas, reunir meios e condições para transformar as fraquezas já sinalizadas em vantagens e aproveitar as oportunidades para gerar novos ganhos para a Uni-CV, pois os jovens esperam, as suas famílias, os parceiros e o próprio Estado, também."

Compreendo esta pergunta numa ótica taxativa até porque, de certo modo, reflete a preferência das audiências. Elas dão valor excessivo aos conceitos de novidade e de sensação, ou sensacionalismo, com foco exagerado na reprovação e no estigma, talvez pelos exemplos pouco abonatórios da competição política na nossa sociedade. Estas preferências, obviamente, bloqueiam a avaliação serena das situações e o pensamento claro, sistemático e produtivo que são requeridos em qualquer projeto de liderança comprometida com o sucesso da instituição.

Ora, na Academia, que é um locus de pensamento livre e produtivo, não podemos ir por esta via. Por isso, não tenho, nem poderia prescrever soluções de mudanças drásticas, simplesmente porque isso não traria qualquer vantagem para a Uni-CV, nem para a comunidade académica.

Para além disso a minha/nossa liderança privilegia a cultura da integração e do conhecimento e sua mobilização para a ação. O desafio não será o de mudar por mudar, mas antes e acima de tudo reforçar a confiança, motivar as pessoas, reunir meios e condições para transformar as fraquezas já sinalizadas em vantagens e aproveitar as oportunidades para gerar novos ganhos para a Uni-CV, pois os jovens esperam, as suas famílias, os parceiros e o próprio Estado, também.

Se há algo que desejo e vou trabalhar para mudar na Uni-CV é justamente a afirmação de um ambiente de sã convivência, participação, bom desempenho e resultados com impactos positivos na comunidade académica e na sociedade. Acredito firmemente nestes desígnios e tenho toda a certeza de que os resultados não deixarão de aparecer no tempo certo.  

Podia nos indicar as linhas mestras da sua administração caso venha a ser eleita?

"Novas áreas de formação receberão um forte incremento como as Artes voltadas para o Design, Produção, Tecnologias, Multimédia, Audiovisual e Identidade Digital para alavancar a Indústria Criativa ligada a arte e a cultura. No domínio da Saúde, os cursos já estabelecidos como Enfermagem, Medicina, Saúde Pública e Ciências Biológicas, serão dotados de altos padrões de exigência, rigor e qualidade, apostando na criação da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde para a melhoria do ensino e da investigação."

Em termos de gestão estratégica, considero prioritárias as intervenções relacionadas com a sustentabilidade e eficiência da Instituição, justamente para podermos garantir as condições e os meios para que Uni-CV possa se dedicar e cumprir com bons resultados e mais impacto social a missão e os objetivos que ditaram a sua criação.

No plano académico que inclui o Ensino, a Investigação e Extensão, etc. as principais linhas de força são: reformular os planos curriculares dos cursos na ótica de mais emprego e empregabilidade, introduzindo componentes TICs modernizantes com o foco para os cursos de Engenharias. Novas áreas de formação receberão um forte incremento como as Artes voltadas para o Design, Produção, Tecnologias, Multimédia, Audiovisual e Identidade Digital para alavancar a Indústria Criativa ligada a arte e a cultura. No domínio da Saúde, os cursos já estabelecidos como Enfermagem, Medicina, Saúde Pública e Ciências Biológicas, serão dotados de altos padrões de exigência, rigor e qualidade, apostando na criação da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde para a melhoria do ensino e da investigação. Os ganhos ali adquiridos permitem trabalhar com o Governo na criação de um Campus de Saúde na Universidade de Cabo Verde de forma a acolher como unidades associadas, ganhando escala e sinergias com outras iniciativas governamentais como o Instituto de Medicina Legal, o Hospital Universitário e o Instituto Nacional de Saúde Pública, respetivamente nas tutelas do Ministério da Justiça e da Saúde. Novas especializações nas áreas de Saúde, Negociação Internacional, Registo e Preservação de Propriedade Intelectual e as novas TICs serão implementadas sob a nossa liderança. O Ensino profissionalizante e modulares bem como Programas Doutorais e Pós-doutorais e o Ensino à Distância terão um forte incremento no sentido de trazer os jovens para a Universidade em cursos contextuais para o desenvolvimento do país com o potencial para garantir a empregabilidade e diminuir as assimetrias sociais e regionais existentes no país. Estas novas atuações reforço no domínio do Ensino vão privilegiar a capitalização dos Polos II e III da Uni-CV, respetivamente em Mindelo e Santa Catarina, sem prejuízo do desenvolvimento do Polo Central do Palmarejo Grande.

A nível da Investigação e extensão impõe-se que transformações substantivas sejam introduzidas para que a Uni-CV esteja em condições de se edificar como uma estrutura avançada de produção de conhecimento científico e não apenas de sua transmissão.

Num contexto de mudanças rápidas, de contágios globais, da transformação digital e de demandas múltiplas, priorizarei a aceleração da investigação aplicada, fazendo descolar e modernizar, por este pilar, a universidade e fazer as ações científicas capazes de impactar o processo de desenvolvimento do país e da nação.

Vou trabalhar criando condições para que a UNI-CV salte etapas em lugar de cumprir o penoso caminho das Universidades já consagradas. Um dos principais desafios reside em estratégias de envolvimento dos nossos investigadores em abordagens multidisciplinares a partir do incentivo ao desenvolvimento de projetos em redes estratégicas internacionais.

Em segundo lugar, apostarei fortemente em estimular os nossos investigadores para que desenvolvam projetos de investigação que estejam orientados para a inovação, tanto na pesquisa tecnológica, envolvendo parcerias com o setor produtivo, quanto na pesquisa em ciências sociais, orientadas para as políticas públicas.

Em terceiro lugar, se faz necessário conduzir os mais vocacionados estudantes de graduação para a investigação, fortalecendo o contato com os estudantes de pós-graduação e com os Centros de Investigação. Neste sentido, é preciso desenvolver um instrumento de identificação de vocações para a investigação científica entre os estudantes e a reunião de um conjunto de procedimentos de proteção e estímulo à constituição de carreiras científicas. 

Na era da leitura digital, os custos de manutenção de revistas eletrônicas tendem a diminuir, o que torna oportuna a criação de revistas multidisciplinares vinculadas aos sistemas internacionais de indexação de periódicos científicos.

É desafiador fortalecer a cultura de compartilhamento dos equipamentos e laboratórios, sob regras precisas de corresponsabilização, nos centros de investigação

A minha liderança vai estimular o desenvolvimento de investigação que auxiliem entidades da sociedade civil na implementação de políticas públicas e de ações que contribuam para solucionar os problemas locais e de âmbito nacional.

Num contexto de recursos escassos para a investigação, é decisivo que a Uni-CV ofereça aos setores empresariais e à diáspora cabo-verdiana a oportunidade da criação de um escritório de negócios vinculados às capacidades de investigação da Uni-CV de modo a estruturar um ambiente sustentável de desenvolvimento de pesquisas visando a inovação.

Nessa esteira a nova reitoria arcará com estudos de prospeção de produtos e processos que podem ser desenvolvidos nos seus centros de investigação e que têm potencial para transferência para o setor produtivo ou criação de spin-offs e startups;

A criação de incubadoras de empresas de base tecnológica será nossa aposta para fortalecer a atuação da Uni-CV junto aos parques industriais que estão a ser desenhados no país.

Proponho ainda, como via de democratização do processo de gestão da investigação e da extensão, a constituição de um Conselho de Investigação e Extensão, enquanto colégio eleito de professores que pensam e deliberam sobre políticas de pesquisa e de extensão em curto e longo prazo. Este seria um órgão que democratizaria o processo decisório, estabelecendo as políticas pelas quais os gestores poderão nortear os processos de reunião dos recursos financeiros e da expertise para a melhor consecução.   Estimularei a articulação de projetos de investigação e extensão que levem a Universidade para o interior das comunidades com mais problemas sociais e com défices de infraestruturas. Buscarei também fazer com que as dependências dos campi sejam lugares de integração com as comunidades do entorno de modo a romper a barreira entre as universidades e os segmentos mais desfavorecidos. Mobilizarei financiamento público para projetos de investigação em “Campus Aberto” em que temas de investigação são apontados pelas comunidades e desenvolvidos em colaboração para a resolução de problemas.

Tem-se verificado uma alta taxa de abandono dos estudantes na universidade. O que pensa fazer para manter os estudantes na escola?

"Vou reformular os serviços de ação social; definirei escalões diferenciados para ocupação de vagas na residência estudantil; reformularei a tabela do preçário de residência; estabelecerei % de quotas para situações emergenciais na residência estudantil; criarei condições para o funcionamento pleno das Residências estudantis e cantinas universitárias; implementarei senhas diferenciadas e subsidiadas para o acesso a alimentação na cantina universitária, mediante a regulamentação pela Universidade; assegurarei a disponibilização de pelo menos duas refeições nas Cantinas Universitárias; assegurarei assistência especializada de nutricionista para e supervisionar a qualidade de alimentação produzida."

Assimetrias existentes nas sociedades reproduzem-se, inevitavelmente e com naturalidade, nas instituições. Assim, as lideranças institucionais têm a obrigação de observar estas ocorrências e criar mecanismos de mitigação tendo em vista a centralidade das pessoas nas organizações e a produtividade esperada.

Em virtude de um rápido crescimento e dos fracos mecanismos de repartição de rendas, o que em muitos casos impactou negativamente no processo de desenvolvimento, Cabo Verde possui assimetrias e periferias várias que, em alguns casos, até se exacerbaram nas últimas décadas e se deterioraram com os sucessivos maus anos agrícolas, decorrentes das mudanças climáticas e também com a pandemia da COVID 19.

As universidades também são vítimas desta dissonância entre crescimento e desenvolvimento e transportam no seu bojo perfis estudantis vários para os quais a liderança e a gestão institucionais são desafiadas a encontrar soluções integradoras para o seu sucesso.

Quando se examinam as barreiras de acesso à formação superior nas IES nacionais de forma comparativa, fica-se com a sensação de que por ter sido estabelecido uma propina fixada pelo Estado, cujo valor é inferior à média nacional, à Uni-CV só frequentam estudantes mais carenciados.

Todavia, a não existência de um estudo comparativo dos perfis dos estudantes que caracterizam o segmento do Ensino Superior no país escasseiam-se as informações que sustentam argumentos sólidos e políticas públicas assertivas.

Seja como for, a Universidade de Cabo Verde tem em funcionamento um Serviço de Ação Social vocacionado para os discentes composto pela comparticipação nas propinas, bolsas de alimentação, residências estudantis, cantina universitária, Provedoria para estudantes e Gabinete de Orientação e Apoio Psicossocial. Para além destes serviços, a Uni-CV tem garantido através do seu orçamento, bolsas de alimentação aos estudantes mais vulneráveis.

No entanto, continua a ser limitada a prestação de ação social na universidade em virtude do défice de financiamento por que perpassa a Uni-CV o que tem agudizado a situação estudantil perante a vulnerabilização das famílias cabo-verdianas nos últimos anos, sobretudo aquelas das regiões rurais.

Ciente desta situação, colocarei a ação social universitária no centro da minha atenção como Reitora.

Por isso, proponho um conjunto de ações a serem desenvolvidas no sentido de que com a minha liderança na Uni-CV ninguém ficará para trás, por falta de meios de subsistência.

Sinto-me desafiada a montar com a minha equipa e todos os serviços intermédios da gestão, mecanismos de correção das assimetrias sociais, de inclusão e compensação a todos aqueles que demandam a Uni-CV para fazer a sua formação superior.

Assegurarei que as assimetrias no acesso não encontrem espaços de reprodução internamente na convicção de que, de outro modo, ficará agourado todo o edifício da qualidade e da inclusão que de resto tenho como bandeira, o seu compromisso. Para o efeito criarei mecanismos de compensação para suprir as vulnerabilidades pessoais e sociais que podem influir no cumprimento das missões daqueles que procuram a Uni-CV. Vou reformular os serviços de ação social; definirei escalões diferenciados para ocupação de vagas na residência estudantil; reformularei a tabela do preçário de residência; estabelecerei % de quotas para situações emergenciais na residência estudantil; criarei condições para o funcionamento pleno das Residências estudantis e cantinas universitárias; implementarei senhas diferenciadas e subsidiadas para o acesso a alimentação na cantina universitária, mediante a regulamentação pela Universidade; assegurarei a disponibilização de pelo menos duas refeições nas Cantinas Universitárias; assegurarei assistência especializada de nutricionista para e supervisionar a qualidade de alimentação produzida.

Finalmente, quem é a professora Lourdes Gonçalves?

"Reconhecedora das relações equilibradas e justas em termos sociais e de género, valorizo o espírito das políticas sociais que associam a solidariedade ao trabalho e esforço das pessoas. E dispenso qualquer tipo de discriminação positiva no trabalho ou na carreira profissional, sem prejuízo de reconhecer a sua necessidade em certas situações e contextos socioprofissionais."

Como pessoa sou uma Mulher com responsabilidades familiares e sociais determinantes da minha conduta e integração no trabalho. Ativa e interessada em causas sociais e com uma paixão enorme pela Educação e Formação como elevadores sociais que privilegiam o trabalho e o mérito.

Como profissional sou professora universitária, com Licenciatura em Antropologia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (Portugal), Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade de Cabo Verde e Doutoramento em Desenvolvimento Rural pela Faculdade de Ciências Económicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)

Na Uni-CV exerci as funções de Pró-Reitora para Extensão Universitária, Vice-Presidente da Escola de Ciências Agrárias e Ambientais; Membro do Conselho de Qualidade e Avaliação, Membro do Conselho Científico, Coordenadora da área de Investigação no Centro de Investigação em Género e Família, docente e investigadora em vários cursos de graduação e da Pós-graduação, nomeadamente no Doutoramento em Gestão e Políticas Ambientais e Ciências Sociais; e Mestrados em Desenvolvimento e Meio Ambiente; Ciências Sociais, Gestão e Políticas Ambientais; Segurança Pública; Educação e Sustentabilidade e de entre outros.

De todos os conhecimentos e experiências acumulados, relevo a evolução da minha visão sobre o mundo e a vida. Por isso sinto-me uma pessoa interessada no bem-estar social da comunidade, disponível para cooperar e atenta aos interesses e pontos de vista alheios.

Reconhecedora das relações equilibradas e justas em termos sociais e de género, valorizo o espírito das políticas sociais que associam a solidariedade ao trabalho e esforço das pessoas. E dispenso qualquer tipo de discriminação positiva no trabalho ou na carreira profissional, sem prejuízo de reconhecer a sua necessidade em certas situações e contextos socioprofissionais.

 

 

 

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