Mais dez países, incluindo Portugal, reconhecem o Estado da Palestina
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Mais dez países, incluindo Portugal, reconhecem o Estado da Palestina

Dez países, entre os quais Portugal e França, vão reconhecer o Estado palestiniano na segunda-feira, numa conferência em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU. Mas Portugal antecipa-se ao grupo de países do qual faz parte e declara oficialmente o reconhecimento no domingo. Além de Portugal, os outros países que vão reconhecer o Estado da Palestina são Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou nesta sexta-feira, 19, que “Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina, como o ministro, aliás, já tinha antecipado esta semana. Tal acontecerá no domingo, dia 21 de setembro, pelo que a Declaração Oficial de Reconhecimento terá lugar ainda antes da Conferência de Alto Nível da próxima semana", pode ler-se num comunicado oficial.

Fontes do Palácio do Eliseu (onde está sedeada a presidência da República Francesa) defendem que é “urgente” salvar a solução dos dois Estados, um Estado palestiniano ao lado de Israel, em coexistência pacífica nas fronteiras internacionalmente reconhecidas desde 1967, porque é a única alternativa à guerra permanente.

Para formalizar este reconhecimento, Emmanuel Macron proferirá um discurso na segunda-feira, pelas 15:00 de Nova Iorque (18:00 de Cabo Verde), durante a conferência a que copresidirá com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

Esmagadora maioria dos Estados-membros das Nações Unidas já reconheceram o Estado da Palestina

Até ao momento, 148 países, entre os 193 Estados-membros das Nações Unidas, já reconheceram o Estado da Palestina, com Israel a contestar esse reconhecimento argumentando que não haverá Estado palestiniano e que tal recompensa o Hamas, o movimento islamita palestiniano que levou a cabo, a 7 de outubro de 2023, em território israelita, um ataque de proporções sem precedentes (cerca de 1200 mortos e 251 reféns) que desencadeou, horas depois, a guerra na Faixa de Gaza que já fez mais de 65 mil mortos e 165 mil feridos, na maioria civis. Uma guerra que tem vindo a ser considerada internacionalmente como ação de “genocídio” do povo palestiniano.

C/TSF e Lusa

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