A venda de tabaco em Cabo Verde registou em 2021 a primeira subida em quatro anos, para quase 111 milhões de cigarros, segundo dados da Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos (SCT).
De acordo com o relatório e contas de 2021 da empresa, a que a Lusa teve acesso, trata-se de um aumento de 3,2% na venda de cigarros, mas quase menos 13% quando comparado com os números de 2017.
Em todo o ano de 2021, a tabaqueira cabo-verdiana, que tem o monopólio da atividade no arquipélago, vendeu 110.971 milheiros (quase 111 milhões de cigarros), o que compara com o pico alcançado em 2018, de 127.865 milheiros (quase 128 milhões de cigarros) e os 107.534 milheiros (107,5 milhões de cigarros) em 2020.
Quase metade (45,1%) do tabaco vendido em 2021 foi da marca de origem portuguesa SG Gigante, lançada ainda nos anos 50 (produção local cabo-verdiana), com mais de 46,6 milhões de cigarros, segundo o relatório e contas da SCT, empresa constituída em 1997 e participada por um Agrupamento de Empresas (51,15%) e pelo Município do Sal (12,50%), estando o restante capital social disperso em bolsa.
A marca SG Gigante continuou a ser de longe a mais lucrativa, com 448 milhões de escudos (quatro milhões de euros) em vendas, um crescimento de 9,2% em 2021.
As marcas de tabaco associadas à ilha de São Vicente, sede da SCT, viram igualmente as vendas crescer, em unidades, em 2021, casos do Porto Grande, para mais de 31 milhões de cigarros, e Falcões, para nove milhões de unidades.
O aumento nas vendas representou ainda o crescimento na faturação global da SCT, ultrapassando os 994 milhões de escudos (nove milhões de euros) em 2021.
"Este acréscimo é justificado pelo aumento de preço dos cigarros, devido ao aumento da Taxa Específica de 20$00 para 40$00 [18 para 36 cêntimos de euro] por cada maço importado e produzido", refere o relatório.
Já o negócio da venda de charutos e cigarrilhas em Cabo Verde manteve-se praticamente sem expressão no ano passado, com 5.390 unidades vendidas, uma nova quebra anual, neste caso de 12% face a 2020.
Comentários