O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças afirmou esta terça-feira na cidade da Praia que o apoio financeiro do Estado à companhia aérea BestFly, que agora assumiu os transportes interilhas, só será concedido no contexto de serviço público e “devidamente regulamentado”.
Olavo Correia fez estas declarações à imprensa no final da reunião do Conselho de Concertação Social que esteve reunido para analisar o Orçamento de Estado Retificativo para o ano de 2021, orçado em 78 milhões de contos.
“Nós nunca demos apoio financeiro à Binter. Apoio será só no contexto de serviço público e será devidamente regulado por lei para as rotas que não são rentáveis em que o Estado, querendo promover a mobilidade interna. possa assumir os custos”, sublinhou ao ser questionado se essa hipótese estava sobre a mesa, uma vez que a questão de um possível financiamento do Estado esteve na origem do diferindo entre o Governo e a Binter Cabo Verde.
Ainda nas suas declarações, Olavo Correia ressaltou que o Governo olha a compra da operação da Binter em Cabo Verde pela BestFly de forma positiva.
“Uma empresa está aqui a operar, que tem trabalhadores, que tem uma marca e que, portanto, tudo aquilo que vai no sentido de valorizar as marcas já existentes e evitar o desemprego e permitir que as operações continuem é positivo para o Governo e é positivo para o sector dos transportes”, frisou.
Questionado se a BestFly aparenta ser um melhor parceiro em relação às outras soluções já conhecidas, o ministro respondeu que “não vale a pena fazer aqui avaliação”.
“Eu penso que o parceiro Binter já saiu, já entrou um novo parceiro, já comprou a TICV... Vamos avaliar e fazer de tudo para que esta operação tenha sucesso. Do lado do Governo isto é que é importante para que possamos ter melhores condições ao nível das operações para que as ligações inter ilhas sejam feitas de forma mais regular, com mais conforto, com muita segurança e a um peço também cada vez mais competitivo e mais acessível para os cabo-verdianos”, continuou.
Olavo Correia ressaltou também que Cabo Verde, enquanto país arquipelágico, precisa de mobilidade para se desenvolver, até como uma questão de direito de todos para poderem se mover de uma ilha para a outra, em condições de segurança, regularidade e de previsibilidade.
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